Fiocruz recebe mais um carregamento de insumos da China
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Fiocruz recebe mais um carregamento de insumos da China

(Foto: Divulgação/Fiocruz)

A Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) recebeu mais um carregamento com ingrediente farmacêutico ativo (IFA) para a produção de vacina contra a covid-19. A matéria-prima para produção de vacinas da AstraZeneca chegou no final da tarde de sábado (12) no Aeroporto Internacional do Galeão, no Rio de Janeiro, vinda do laboratório Wuxi Biologics, na China.

De acordo com a Fiocruz, a entrega dessa remessa permitirá a continuidade da produção da vacina e garantirá entregas semanais ao Programa Nacional de Imunizações (PNI) até 10 de julho.

Na sexta-feira (11), a Fiocruz, por meio do Instituto de Tecnologia em Imunobiológicos (Bio-Manguinhos/Fiocruz), entregou 2,7 milhões de doses da vacina de covid-19 ao PNI.

“Com esta remessa, a fundação atinge cerca de 53,8 milhões de doses entregues ao PNI. A pedido da Coordenação de Logística do Ministério da Saúde, as entregas semanais se manterão às sextas-feiras e não seguirão para o almoxarifado em São Paulo, conforme previsto anteriormente”, informou a Fiocruz.

Fiocruz alerta para alto risco

O último Boletim do Observatório Covid-19 Fiocruz, divulgado na quarta-feira, alerta que o cenário atual da pandemia é de alto risco, exigindo muita atenção e prudência. A análise mostra que as pequenas oscilações no número de casos nas últimas semanas demonstram a permanência de elevado nível de transmissão do vírus. Os pesquisadores chamam atenção sobre a necessidade de se combinar medidas para enfrentamento da pandemia nas próximas semanas, até que a maior parte da população esteja vacinada.

Segundo o estudo, a combinação do número alto de casos com uma ligeira queda no número de óbitos e a maior parte dos estados com alta taxa de ocupação de leitos UTI Covid-19 para adultos no Sistema Único de Saúde (SUS) é muito preocupante. “Ainda é prematuro considerar que há uma queda sustentável de casos e óbitos ou que estamos entrando em uma terceira onda”, observam.

Medidas de mitigação

Quanto às medidas de enfretamento a serem adotadas, enquanto a maior parte da população não está vacinada, os pesquisadores afirmam que, com exceção do bloqueio/lockdown (que é uma medida mais forte e que deve ser adotada para os estados e municípios com taxas de ocupação de leitos UTI Covid-19 de 85% ou mais), devem incorporadas algumas ações fundamentais.

“É muito importante a utilização de medidas não-farmacológicas, que têm como objetivo reduzir a propagação do vírus e o contínuo crescimento de casos, o que sobrecarrega as capacidades para o atendimento de casos críticos e graves e contribui para o crescimento de óbitos; medidas relacionadas ao sistema de saúde, que visam aliviar a sobrecarga dos serviços e também reduzir a mortalidade hospitalar por Covid-19, por desassistência e por outras doenças, bem como garantir o suprimento de insumos fundamentais para o atendimento; as políticas e ações sociais, cujo objetivo é mitigar os impactos sociais e sanitários da pandemia, principalmente para as populações e grupos mais vulneráveis”.

Taxas de ocupação de leitos

Os dados levantados nos dias 31 de maio e 7 de junho sinalizam que as taxas de ocupação de leitos de UTI Covid-19 para adultos no SUS mantêm-se em relativa estabilidade, em níveis muito elevados. As poucas quedas mais significativas do indicador se deram em Rondônia (de 72% para 62%), Espírito Santo (de 76% para 68%) e Mato Grosso (de 95% para 87%), com os dois primeiros estados se mantendo na zona de alerta intermediário e o último na zona de alerta crítico.

Em contrapartida, se observaram aumentos do indicador mais expressivos em Roraima, que volta à zona de alerta crítico, muito possivelmente pela redução dos leitos de UTI disponíveis – originalmente eram 90, há algumas semanas passaram a 60 e na última semana caíram para 54 – e no Maranhão, que se mantém na zona de alerta crítico, com o indicador saindo de 83% para 90%. Todos os estados das regiões Nordeste, Sul e Centro-Oeste permanecem com taxas iguais ou superiores a 80% e, no Sudeste, a única exceção é o Espírito Santo.

No Norte, o Acre se mantém como único estado fora da zona crítica e Tocantins soma-se à Roraima na zona de alerta crítico, refletindo, no entanto, uma piora na dinâmica da pandemia. No Distrito Federal, continua chamando a atenção a quantidade de leitos bloqueados, embora a taxa de ocupação esteja elevada.

Doze unidades da Federação encontram-se com taxas de ocupação iguais ou superiores a 90%: Tocantins (94%), Maranhão (90%), Ceará (93%), Rio Grande do Norte (94%), Pernambuco (97%), Alagoas (91%), Sergipe (99%), Paraná (96%), Santa Catarina (97%), Mato Grosso do Sul (107%), Goiás (90%) e Distrito Federal (90%). Nove estados apresentam taxas de ocupação de leitos de UTI Covid-19 para adultos entre 80% e 89%: Roraima (87%), Piauí (88%), Paraíba (80%), Bahia (84%), Minas Gerais (82%), Rio de Janeiro (81%), São Paulo (82%), Rio Grande do Sul (84%) e Mato Grosso (87%). Cinco estados estão na zona de alerta intermediário (≥60% e

As taxas de ocupação de leitos de UTI Covid-19 para adultos no SUS observadas em 7 de junho apontam para a persistência de quadro grave de sobrecarga no sistema de saúde pela Covid-19. Em face da vacinação dos idosos e maior exposição de adultos jovens, tem havido uma mudança no perfil etário de pacientes internados, que talvez venha incorrendo em maiores tempos de permanência hospitalar.

“Em alguns estados e no Distrito Federal é possível que venha ocorrendo gerenciamento da disponibilização e bloqueio de leitos de UTI, com a manutenção do indicador em patamar elevado. Entretanto, a situação predominante é, indubitavelmente, de descontrole da pandemia”, diz o estudo.

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