Fortuna dos mais ricos nunca foi tão elevada, afirma estudo
Um estudo internacional, realizado pela consultoria Capgemini e publicado nesta quarta-feira (5), revelou que a fortuna das pessoas mais ricas do mundo aumentou 4,7% em um ano - um pico histórico, num total avaliado em 86,8 trilhões de dólares. O mundo nunca teve tantas pessoas ricas e suas fortunas nunca foram tão elevadas. Esse aumento, de acordo com o estudo, em grande parte é consequência do crescimento das bolsas de valores de todo o mundo impulsionadas por novas tecnologias. As informações são do G1.
Segundo o relatório "World Wealth Report", da Capgemini, o número de ricos no mundo aumentou 5,1% em um ano e chegou a 22,8 milhões de pessoas em 2023
Bilionários como Elon Musk, que voltou a ser a pessoa mais rica do mundo em junho, possuem uma fortuna de US$ 209,3 bilhões. Ele é seguido pelo francês Bernard Arnault, de 75 anos, CEO do grupo de artigos de luxo LVMH e dono de uma fortuna de US$202,7 bilhões.
O enriquecimento desse grupo de pessoas evidencia o aumento da desigualdade no mundo. O Relatório de Desenvolvimento Humano (RDH) 2023/24 , divulgado pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) em março deste ano, mostrou que, enquanto os países ricos estão experimentando níveis recordes de desenvolvimento, os países mais pobres do mundo permanecem abaixo de seu nível de progresso. As desigualdades globais são agravadas por uma substancial concentração econômica.
O estudo também apontou que quase 40% do comércio global de bens está concentrado em três ou menos países; e em 2021, a capitalização de mercado de cada uma das três maiores empresas de tecnologia do mundo ultrapassou o Produto Interno Bruto (PIB) de mais de 90% dos países naquele ano.
Taxação dos ricos
Uma proposta do Brasil, apresentada pelo governo Lula no G20 e que vem ganhando adesão de vários países, defende a criação de um imposto mínimo mundial para os maiores patrimônios. A medida poderia render 250 bilhões de dólares adicionais, caso os 3 mil bilionários do planeta pagassem ao menos o equivalente a 2% da sua fortuna em impostos sobre a renda, uma das hipóteses debatidas.
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