Fórum agora será Associação Intersindical do Leste Fluminense
O Fórum Intersindical do Leste Fluminense se tornará uma associação. A mudança foi aprovada pelo colegiado ainda antes da pandemia e agora vai sair do papel. De acordo com Juvino Silva, diretor do Sindicato dos Empregados de Edifícios de Niterói (Seen) e um dos representantes do Fórum, serão criadas várias coordenadorias para tratar de cada assunto, como administração, política e comunicação, entre elas. Essa e outras questões foram debatidas em reunião realizada na tarde desta quarta-feira (22/3), na sede provisória da entidade, no Sintronac (Sindicato dos Rodoviários de Niterói a Arraial do Cabo), em Niterói.
A nova Associação Intersindical do Leste Fluminense herdará a representação de 27 categorias de trabalho que atualmente integram o colegiado. Como a abrangência se estende por todo o leste fluminense e não se limita a apenas a uma cidade, Juvino calcula que hoje a entidade reúne cerca de 700 mil trabalhadores.
"Transformar em associação é uma forma de fazer com que o Fórum passe a ter personalidade jurídica. Isso é importante para se organizar melhor, realizar os eventos e até para se planejar financeiramente ", explica ele.
Em entrevista ao jornalista Marcos Gomes no Bom Dia Niterói, na Rádio Toda Palavra, na manhã desta quarta-feira (22/3), Juvino Silva comentou as manifestações das Centrais Sindicais que ocorreram ontem (21/3) em todo o país contra os juros altos. E disse que os sindicalistas do leste fluminense pretendem elaborar um documento em repúdio aos juros extorsivos praticados atualmente pelo Banco Central 'independente'.
"Deixar o Banco Central independente fazia parte dessa política implementada pelo Paulo Guedes de dar mais para quem tem mais e menos para quem tem menos. Quem ganha é o rico. Trabalhador não tem dinheiro, só a força de trabalho para trocar por dinheiro. A taxa de juros alta só engorda o bolso do empresário. Mas não podemos esquecer que esse debate só foi possível a partir da nossa conquista com a mudança de governo. Se fosse no governo anterior esse debate não iria avançar", afirma.
