Força-Tarefa investiga desabamento na área de milícia
- Da Redação

- 4 de jun. de 2021
- 2 min de leitura

A Polícia Civil do Rio de Janeiro montou uma força-tarefa para apurar as circunstâncias do desabamento do prédio na comunidade de Rio das Pedras, na Zona Oeste do Rio, na madrugada de de quinta-feira (3), e a participação de milicianos em construções irregulares na região. Nesta sexta, a Polícia Civil informou que foi tomado depoimento de um homem que se identificou como dono do prédio de cinco andares que desabou, deixando duas pessoas mortas e quatro feridas.
A força-tarefa é integrada pela 16ª DP (Barra da Tijuca), a 32ª DP (Taquara), a Delegacia de Proteção ao Meio Ambiente e a Delegacia de Repressão às Ações Criminosas Organizadas e Inquéritos Especiais.
De acordo com apurações preliminares, o imóvel foi construído há mais de 20 anos por pessoas que moravam no local e a construção não teria ligação com a milícia. Rio das Pedras é controlada por milicianos há mais de 40 anos.
Policiais civis estiveram na comunidade e conversaram com testemunhas e vítimas.
A perícia no local começará a ser feita assim que os bombeiros liberarem a área.
“Diligências já estão sendo realizadas para esclarecer as causas do desabamento e o possível envolvimento de milicianos em outros empreendimentos imobiliários da região”, informou a Polícia Civil através de uma nota.
Prefeito: combate às construções irregulares
Um dia após a tragédia, o prefeito do Rio, Eduardo Paes, voltou a falar sobre o enfrentamento às construções irregulares na cidade. Citado pelo Globo, o prefeito disse que tem "um levantamento que mostra que dois ou três andares subiram" no prédio que desmoronou "nos últimos dois anos, o que mostra esse crescimento exagerado dos últimos anos, e é o que precisamos conter".
No dia anterior, o prefeito fez um discurso duro contra as milícias, dizendo que "comigo, milícia não vai construir mais porcaria nenhuma nessa cidade". Nesta sexta, ele disse que "ali, parece não tem nada a ver com milícia, mas tem a ver com a ausência do Estado para fiscalização", e acrescentou: "O que eu posso dizer é: não ampliem suas construções, porque a prefeitura vai agir e demolir".
Segundo declaração do subsecretário de Defesa Civil do Rio, coronel Sérgio Simões, nem o prédio que desabou nem os seis vizinhos têm engenheiro responsável.
No desabamento morreram Nathan Gomes de Oliveira, de 30 anos, e sua milha Maitê, de apenas 2 anos.









Comentários