Furar 'fila' da vacina no Rio de Janeiro agora dá multa

Um grupo de políticos e empresários, a maioria ligada ao setor de transporte de Minas Gerais, e seus familiares, de acordo com a revista Piauí, conseguiu furar a "fila" da vacina e tomar a primeira dose nesta terça-feira (23), em Belo Horizonte, pagando R$ 600 por cada duas doses. Casos como este, e outros de fura-fila, agora já estão sujeitos a multa de até R$ 37 mil no Rio de Janeiro. É o que determina a lei aprovada pela Assembleia Legislativa e sancionada pelo governador em exercício, Cláudio Castro, nesta quarta-fiera (24). A lei prevê ainda que a penalidade vale por cada dose do imunizante, e serão multados tanto quem tomar, quanto quem aplicar a dose fora da ordem de prioridade. Para evitar que o problema ocorra, a lei determina que a Secretaria Estadual de Saúde seja informada periodicamente sobre a quantidade de pessoas imunizadas.
No caso mineiro, o grupo importou o imunizante da Pfizer e, violando a lei, não fez a doação para o Sistema Único de Saúde (SUS). Duas doses custaram R$ 600 por pessoa.
De acordo com a Piauí, o Congresso aprovou há cerca de vinte dias uma lei que autoriza a compra de vacinas pela iniciativa privada, mas determina que todas as doses devem ser doadas ao SUS até que os grupos de risco – 77,2 milhões de pessoas, de acordo com o Ministério da Saúde – tenham sido plenamente imunizados em todo o país.
Ainda segundo a lei aprovada no Congresso, mesmo depois da imunização dos grupos prioritários, as vacinas compradas pela iniciativa privada devem ser repartidas meio a meio com o SUS, numa operação fiscalizada pela pasta.