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Gaza: ONU aprova pedido de pausa humanitária e libertação de reféns


(Foto: David Dee Delgado)

Após cinco semanas do conflito entre Israel e Hamas na Faixa de Gaza, que já deixou cerca de 11,5 mil mortos só na Faixa de Gaza, o Conselho de Segurança nas Nações Unidas (CSNU) aprovou nesta quarta-feira (15) uma resolução que pede pausas humanitárias prolongadas no território, além da libertação dos quase 240 reféns mantidos pelo movimento.


Essa foi a primeira vez que o principal órgão da ONU quebrou o silêncio com relação à guerra promovida por Israel, uma das mais sangrentos do Oriente Médio nas últimas décadas.


O texto foi preparado por Malta e recebeu 12 votos a favor. Outros três países se abstiveram – Estados Unidos, Reino Unido e Rússia. A resolução apela para "pausas e corredores humanitários urgentes e prolongados em toda a Faixa de Gaza durante um número suficiente de dias". O objetivo é fazer com que a ajuda chegue à população civil.


Como não foi rejeitada por nenhum dos membros permanentes (Estados Unidos, Rússia, China, França e Reino Unido), que possuem poder de veto, o texto entra em vigor.


A versão final elaborada pelo país europeu suavizou a formulação, passando de uma "exigência" para uma "exortação" para pausas humanitárias. O texto também suavizou a exigência de "libertação imediata e incondicional de todos os reféns detidos pelo Hamas e outros grupos".


Em outubro, a Assembleia Geral das Nações Unidas chegou a aprovar o pedido de cessar-fogo, além de ajuda humanitária à população de quase 2,3 milhões de pessoas da Faixa de Gaza. Ao todo, foram 120 votos a favor e 14 contra — incluindo os Estados Unidos e Israel — e 45 abstenções.


A resolução da Jordânia, em seu texto, apelou para uma "trégua humanitária imediata, duradoura e sustentada", exigindo que todas as partes cumpram o direito humanitário internacional e o fornecimento "contínuo, suficiente e sem entraves" de fornecimentos e serviços essenciais à Faixa de Gaza.


Porém, Israel ignorou o texto e em meio aos embates entre Israel e a ONU, o embaixador do país na organização, Gilad Erdan, disse que as Nações Unidas não possuem legitimidade.


"Todos testemunhamos que a ONU já não tem um pingo de legitimidade ou relevância. Esta organização foi criada com o propósito de prevenir atrocidades. O espetáculo que acabamos de ver prova que a ONU está empenhada, infelizmente, não em prevenir, mas em garantir mais atrocidades", disse à época Erdan.


Os ataques diários promovidos por Israel não poupam sequer hospitais, escolas e abrigos. A escalada das tensões levou até a uma operação no maior hospital de Gaza, o Al Shifa, quando militares das Forças de Defesa de Israel (FDI) invadiram as instalações internas sob a justificativa de procurarem armas e membros do Hamas. O último gerador da unidade parou de funcionar ainda no sábado (11) por falta de combustível. Dezenas de pessoas, incluindo bebês recém-nascidos, morreram.


Enquanto isso, a ajuda humanitária tem chegado a conta gotas mesmo após mais de três semanas de ser iniciada. Comida, água e medicamentos são enviados por caminhões através do posto de controle de Rafah, na fronteira entre Gaza e o Egito. Conforme os dados mais atualizados, mais de 500 veículos chegaram ao território, quando a necessidade é de pelo menos 300 por dia.


Rússia teve emenda vetada pelos EUA

Os Estados Unidos votaram contra a emenda proposta pela Rússia à resolução preparada por Malta no Conselho de Segurança da ONU sobre Gaza. A proposição russa requereu a inclusão do pedido de trégua humanitária duradoura, informou um correspondente do Sputnik.


A emenda teve nove abstenções. A alteração apelaria a uma trégua humanitária imediata e duradoura como forma de conduzir à cessação das hostilidades.


No último mês, a presidência do Conselho de Segurança foi do Brasil, que é membro rotativo e tem mandato até o fim do ano. Apesar das intensas negociações da chancelaria brasileira, a resolução do país não foi aprovada por conta de um veto dos Estados Unidos.


O ministro das Relações Exteriores do país, Mauro Vieira, chegou a criticar na época a paralisia do principal órgão da ONU frente ao conflito entre Hamas e Israel.


Neste mês, a presidência do CSNU é exercida pela China, que prometeu trabalhar para resolver o conflito na Faixa de Gaza.


Fonte: Agência Sputnik

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