Gilmar Mendes responde e defende técnicos na Saúde
O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Gilmar Mendes divulgou uma nota para explicar sua declaração de que o Exército se associou a um "genocídio" na gestão da pandemia do coronavírus pelo Ministério da Saúde, interinamente comandado, há dois meses, pelo general Eduardo Pazuello. Na nota, evitando a palavra "genocídio, o ministro fez questão de deixar claro que respeita as Forças Armadas, mas mantém a sua crítica de que não cabe a elas formular políticas públicas de saúde, ainda mais em um momento de pandemia.
"Reforço, mais uma vez, que não atingi a honra do Exército, da Marinha ou da Aeronáutica. Aliás, as duas últimas nem sequer foram por mim mencionadas. Apenas refutei e novamente refuto a decisão de se recrutarem militares para a formulação e execução de uma política de saúde que não tem se mostrado eficaz para evitar a morte de milhares de brasileiros", disse.
Gilmar Mendes também fez questão de ressaltar que o país já tem mais de 72 mil mortos por Covid-19 e "nenhum analista atento da situação atual do Brasil teria como deixar de se preocupar com o rumo das nossas políticas públicas de saúde".
"Estamos vivendo uma crise aguda no número de mortes pela COVID-19, que já somam mais de 72 mil. Em um contexto como esse, a substituição de técnicos por militares nos postos-chave do Ministério da Saúde deixa de ser um apelo à excepcionalidade e extrapola a missão institucional das Forças Armadas", acrescentou.
Na segunda-feira (13), o ministro da Defesa, Fernando Azevedo e Silva, e os comandantes do Exército, da Marinha e da Aeronáutica emitiram uma nota repudiando "veementemente a acusação apresentada pelo senhor Gilmar Mendes, contra o Exército brasileiro".
De acordo com a plataforma da Universidade Johns Hopkins, que monitora e divulga os casos confirmados e as mortes por Covid-19 ocorridas no mundo, o Brasil ocupa o segundo lugar no ranking global de confirmações, com 1.884.967 e 72.833 mortes por Covid-19, até as 10h da manhã desta terça. O Brasil perde apenas para os Estados Unidos, com 3,4 milhões de casos e 138 mil óbitos.
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