Gilvan da Federal tem mandato suspenso após chamar Gleisi de 'prostituta'
- Da Redação
- 6 de mai.
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Por 15 votos favoráveis e quatro contrários, o Conselho de Ética e Decoro Parlamentar da Câmara dos Deputados decidiu nesta terça-feira (6) afastar o deputado federal Gilvan da Federal (PL-ES) do mandato por três meses. O parlamentar bolsonarista é acusado de quebra do decoro parlamentar ao chamar Gleisi Hoffmann, ministra da Secretaria das Relações Institucionais do governo Lula, de “amante” e “prostituta”.
Segundo a direção da Casa, ele foi denunciado por “declarações gravemente ofensivas, difamatórias e desonrosas contra a deputada licenciada Gleisi Hoffmann".
A denúncia da Mesa Diretora pedia seis meses de punição ao deputado, mas o período foi reduzido pela metade no relatório do deputado Ricardo Maia (MDB-BA). A decisão foi articulada nos bastidores pelo Partido Liberal (PL) para permitir que ele não perca sua equipe de gabinete e não seja substituído por um suplente.
A agressão à ministra ocorreu durante reunião da Comissão de Segurança Pública e Combate ao Crime Organizado da Câmara, no dia 29 de abril, quando o deputado do PL se referiu à deputada licenciada como "amante" e “prostituta do caramba".
Gilvan da Federal é o deputado que, em 9 de abril, durante uma sessão da Comissão -, desejou a morte do presidente Lula. "Que ele vá para o quinto dos infernos".
A declaração foi feita ao comentar a ausência de provas, segundo ele, acerca dos planos de assassinatos de Lula, do vice-presidente, Geraldo Alckmin, e do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, em 2022. O plano foi descrito em denúncia oferecida pela Procuradoria Geral da República (PGR) contra acusados de tentativa de golpe de Estado, entre eles o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
O episódio levou a Advocacia-Geral da União (AGU) a encaminhar uma notícia de fato à Polícia Federal (PF) e à PGR pedindo providências cabíveis contra o deputado.
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