Governo agora decide comprar vacinas da Pfizer e Janssen

Videoconferência dos executivos da Pfizer com o ministro Eduardo Pazuello e auxiliares (Divulgação)

Após mais de seis meses de embates e agora sob pressão pelo pior momento da pandemia no Brasil, o governo federal finalmente decidiu comprar vacinas da Pfizer e da Janssen (Johnson & Johnson). De acordo com o Ministério da Saúde, estão em andamento assinatura de contratos para comprar “todas as vacinas disponíveis” desses laboratórios, dentro de uma previsão de 100 milhões de doses.

Considerada uma das mais eficazes, a vacina da Pfizer vinha encontrando resistência do governo por conta de cláusulas consideradas "draconianas", mas que são comuns nos contratos com os outros países, como a de que o laboratório não se responsabiliza por eventuais efeitos colaterais (visto que o imunizante foi aprovado pela agência reguladora do país, após cumprimento de todas as fases de testes de eficácia e segurança). No caso da Pfizer, ela é a única vacina até agora com aprovação definitiva do órgão regulador nacional, a Anvisa.

Em carta enviada ao Senado nesta segunda-feira, a Johnson & Johnson confirmou que estima uma oferta de 38 milhões de doses da vacina desenvolvida pela Janssen até o último trimestre de 2021.

A Janssen tem aprovação de agências de outros países, e ainda precisa da autorização da Anvisa.

A carta foi enviada para o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, e para o senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), autor do projeto que permitiria o uso das vacinas no Brasil.

A decisão do governo só foi tomada depois que a Câmara dos Deputados aprovou nesta terça (2) projeto que facilita a compra de vacinas por União, estados e municípios. Nesta quarta, executivos da Pfizer e o ministro da Saúde, Eduardo Pazuello se reuniram através de videoconferência para acertar detalhes do contrato.