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Governo gastou nosso dinheiro em sites de fake news e jogos de azar

Por Mauro Veríssimo*


Se você quiser muito divulgar uma verdade, vai pagar a sites de fake news para publicar? Gastará seu dinheiro em sites de jogos de azar, como os do jogo do bicho? Se o assunto for para adultos, gastará seu dinheiro no site da Turma da Mônica? Ou, pior: se a informação que você pretende passar é para os brasileiros, você pagaria a um site 100 por cento em russo?

Pois foi nisso tudo que o governo Bolsonaro gastou o nosso dinheiro com a desculpa de que estava promovendo a necessidade da reforma da previdência. A campanha, segundo o jornal Folha de São Paulo, foi descoberta nas planilhas enviadas pela Secretaria Especial de Comunicação Social do governo e só puderam ser consultadas por determinação da Controladoria-Geral da União.

Segundo o jornal Folha de São Paulo, a secretaria comandada por Fábio Wajngarten contratou agências de publicidade que compram espaços por meio do Google, que distribui os anúncios para sites ou canais do YouTube que cumpram os critérios estabelecidos pelo anunciante.

Dos 20 canais que mais veicularam a campanha da Nova Previdência, 14 eram destinados ao público infantojuvenil, como Turma da Mônica. Outro canal tem 100% do conteúdo em russo. Um site que divulga resultados do jogo do bicho, ilegal no Brasil, recebeu 319.082 anúncios com dinheiro público.

O governo ainda divulgou a Nova Previdência em páginas de fake news como Sempre Questione (66.431 anúncios) e Diário do Brasil (36.551). Canais que apoiam o presidente, como Bolsonaro TV e Terça Livre, e aplicativos como Brazilian Trump receberam verba publicitária da campanha. O site do senador Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ), filho do chefe do Executivo, também está na planilha da Secom.

Os dados devem ser encaminhados para a CPMI das Fake News nos próximos dias. A Secom anunciou que gastaria R$ 37 milhões para divulgar a Nova Previdência.

A versão da Secretaria de Governo

Perguntada sobre o absurdo de colocar propaganda com o nosso dinheiro em sites de jogos de azar e em outros infantis, a Secom afirmou que “a plataforma de anúncios da Google atua automaticamente a partir de parâmetros para a entrega do conteúdo publicitário aos públicos de interesse. As definições são abrangentes e não determinam com exatidão o local na internet em que o anúncio será veiculado. Porém, neste caso específico, buscou-se perfis reconhecidos pela ferramenta do Google que tenham afinidade para o tema ‘Previdência’ e demais correlações de acordo com sintaxe para o tema da campanha”.

Ou seja: A Secretaria de Comunicação do governo Bolsonaro gasta milhões em dinheiro público sem saber onde os anúncios irão circular e sem qualquer controle.


*Com dados da Riaam Brasil

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