Governo Lula ignora veto e insiste em negociações sobre Israel-Hamas
- Da Redação
- 19 de out. de 2023
- 2 min de leitura
Atualizado: 20 de out. de 2023

Quarta-feira (18), os Estados Unidos vetaram o texto proposto pelo Brasil durante sua presidência do Conselho de Segurança da ONU. A proposta recebeu 12 votos favoráveis, mais do que o necessário para a aprovação, mas foi travada pelo veto norte-americano.
Entretanto, o governo Lula (PT) não aceitou entrar no "jogo" do presidente estadunidense, Joe Biden, e, apesar do veto à resolução, o Brasil vai insistir em negociações que discutam um cessar-fogo entre Israel e o Hamas e a criação de corredores humanitários. As informações são do G1.
O ministro das Relações Exteriores do Brasil, Mauro Vieira, viajou para Nova York na quarta-feira (18) e vai presidir, no próximo dia 24, um debate aberto de alto nível do Conselho de Segurança sobre a temática do Oriente Médio, com discussões sobre o conflito na Palestina.
Ainda de acordo com o G1, Biden não queria a votação da proposta enquanto estava em viagem a Israel. Sua estratégia era tentar fazer negociações diretamente com o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, e acertar um corredor humanitário, evitando medidas contra Israel e um cessar-fogo.
Países como França e China não só criticaram Washington como fizeram questão de elogiar a condução das negociações pela equipe de diplomatas do Brasil. Paris e Pequim destacaram que o texto acertado era o melhor e o possível neste momento.
Além disso, membros do Comitê de Direitos Humanos da ONU ficaram de costas durante discurso da embaixadora dos EUA na organização, Linda Thomas-Greenfield, após o veto ao texto.
Na avaliação de diplomatas brasileiros, o veto dos EUA tem ligação com o duelo Biden-Trump nas eleições estadunidenses de 2024.
Segundo um integrante do governo brasileiro, não importava o formato da resolução, pois era grande o risco de os norte-americanos rejeitarem a proposta, em busca de protagonismo.
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