GSI abre investigação após detalhes da segurança de Lula vazarem a Mauro Cid
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O ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) da Presidência da República, general Marcos Antônio Amaro dos Santos, disse nesta quarta-feira (9) que vai "abrir uma sindicância" e afastar funcionários do GSI após detalhes da segurança do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) terem sido enviados ao tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro (PL).
"Vamos abrir uma sindicância, afastar das funções as pessoas citadas e desligar da presidência. Vamos continuar apurando, sendo feita a sindicância para apurar as responsabilidades", disse Amaro citado pelo G1.
Os e-mails partiram de três militares do gabinete: Márcio Alex da Silva, do Exército, e Dione Jefferson Freire e Rogério Dias Souza, ambos da Marinha. Os três trabalharam no órgão na gestão de Bolsonaro.
As mensagens foram mandadas de 6 a 13 de março deste ano, e o ex-ajudante de ordens de Bolsonaro recebeu os detalhes de segurança do presidente Lula em suas viagens à China (em abril), Brasília, Foz do Iguaçu (PR) e Boa Vista (RR).
Ao ser indagado sobre o vazamento de informações, Amaro disse à mídia que "pode ter sido uma falha de permanência de lista de distribuição, estamos apurando. Não isenta a responsabilidade de culpa, mas vamos apurar".
O tenente-coronel Mauro Cid responde a oito inquéritos e continua preso – o militar foi preso no dia 3 de maio, acusado de fraudar cartões de vacinação para beneficiar Bolsonaro em viagem aos Estados Unidos antes da posse do presidente Lula. Neste momento, mais um caso veio à tona: a tentativa da venda de um Rolex dado a Bolsonaro.
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Em viagem oficial à Arábia Saudita em maio de 2019, Bolsonaro ganhou um relógio no valor de US$ 60 mil (R$ 293 mil). Através de troca de e-mails com uma pessoa interessada, Cid se tornou suspeito de tentar vender a peça por quase R$ 300 mil.