Homem-bomba deixa 13 mortos e mais de 30 feridos
Um homem-bomba detonou os explosivos que levava junto ao corpo nas proximidades de um centro educacional na capital do Afeganistão neste sábado (24), matando ao menos 13 pessoas.
O atentado suicida, que também provocou ferimentos em outras 30 pessoas, aconteceu no final da tarde (horário local) nos arredores do centro educacional, que oferece treinamento e cursos para estudantes de ensino superior em um distrito na zona oeste de Cabul.
"Um homem-bomba tentou entrar no centro educacional", disse Tareq Arian, porta-voz do Ministério do Interior afegão, em comunicado, segundo a agência AFP.
"No entanto, ele foi identificado pelos guardas do instituto e acabou acionando os explosivos", acrescentou o porta-voz.
O funcionário do Ministério do Interior assinalou que, segundo informações preliminares, 13 pessoas morreram e 30 ficaram feridas.
"Eu estava a cerca de 100 metros do centro educacional quando uma grande explosão me jogou no chão" disse o morador local Ali Reza, que se dirigiu ao hospital com seu primo que ficou ferido no atentado.
"Havia poeira e fumaça em volta de mim. Todos os mortos e feridos eram estudantes que estavam entrando no centro educacional", acrescentou a testemunha.
Nenhum grupo reivindicou responsabilidade pelo ataque. O Talibã, uma organização terrorista proibida na Rússia e em vários outros países, negou qualquer envolvimento na ação.
Muitos moradores dos distritos da zona oeste de Cabul pertencem à minoria xiita Hazara, que custuma ser um alvo frequente dos extremistas sunitas do Daesh (organização terrorista proibida na Rússia e em vários outros países).
Em um passado recente, os extremistas realizaram diversos ataques contra centros educacionais e outras instalações na área.
Em maio, um grupo de atiradores lançou um ataque, em plena luz do dia, contra uma maternidade na zona oeste de Cabul, que resultou na morte de diversas mães. Os agressores foram abatidos após horas de enfrentamentos com as forças de segurança.
A violência no Afeganistão vem aumentando nas últimas semanas apesar das negociações entre o Talibã e o governo no Qatar.
Fonte: Agência Sputnik
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