Integrantes do MBL presos por fraudes de 400 milhões
Dois homens ligados ao Movimento Brasil Livre (MBL) e a empresas do grupo político foram presos na manhã desta sexta-feira (10) em uma operação do Ministério Público do Estado de São Paulo (MPSP), Polícia Civil e Receita Federal. São acusados de lavagem de dinheiro e fraudes que podem chegar a R$ 400 milhões. Foram cumpridos também seis mandados de busca e apreensão.
De acordo com o MPSP, os presos são Alessander Mônaco Ferreira e Carlos Augusto de Moraes Alfonso, conhecido como Luciano Ayan nas redes sociais, que era considerado como uma espécie de "guru" do MBL. Apesar da afirmação do Ministério Público, o deputado federal Kim Kataguiri usou as redes sociais para afirmar que os dois "não são integrantes e sequer fazem parte dos quadros do MBL. Ambos nunca foram membros do movimento".
Criado em 2014, o MBL foi um dos principais grupos nas manifestações de rua que resultaram o golpe do impeachment contra a presidente Dilma Roussef. Assumindo-se como grupo de direita, o MBL tornou-se uma organização política com objetivo de eleger seus principais líderes. O mais conhecido deles é Kim Kataguiri. O grupo apoiou Jair Bolsonaro nas eleições de 2018, mas rompeu com ele no final do ano passado.
A operação batizada de “Júnior Moneta”, em referência ao antigo templo romano onda as moedas eram cunhadas, teve como alvos a sede do MBL, na Vila Mariana, bairro nobre de São Paulo, e outros endereços na capital e interior do estado.
Cerca de 35 policiais civis do Departamento de Operações Policiais Estratégicas (DOPE) participaram da operação.
Comments