Israel bombardeia Faixa de Gaza e volta a culpar o Hamas
- Da Redação
- há 2 minutos
- 2 min de leitura

Israel fez ataques aéreos em Rafah, no sul da Faixa de Gaza, neste domingo (19). O ataque, que resultou em 11 mortes, ocorre no nono dia do acordo de cessar-fogo firmado por Israel e o Hamas. O governo israelense alega que integrantes do Hamas atiraram em soldados e decidiu retaliar o ocorrido. O Hamas informou, segundo o jornal The Guardian, que desconhece ataques realizados na região e acusa Israel de não ter interrompido ataques na área.
A região está no foco de atenção, porque os palestinos pedem a abertura da passagem de Rafah, que liga Gaza ao Egito, a única passagem que se mantinha aberta para entrada e saída dos palestinos, e fechada em maio de 2024 pelas forças israelenses.
No sábado (18), a embaixada palestina no Egito anunciou que esta passagem seria reaberta para os palestinos que desejam retornar a Rafah na próxima segunda (20). No mesmo dia, o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu negou a abertura até que um novo aviso seja dado. A reabertura facilitaria o retorno dos palestinos que desejassem, mas não seria aberta para aqueles que desejam deixar a faixa de Gaza para buscar auxílio médico ou refúgio.
O subsecretário-geral das Nações Unidas para Assuntos Humanitários, Tom Flechter, visitou a área no sábado (18) e postou um vídeo em sua conta do X afirmando que nada o havia preparado para Gaza: “A escala da destruição, a densidade das perdas, a resiliência silenciosa nos olhos das pessoas”.
Ele fez um apelo para que a se mantenha aberta a rota de ajuda humanitária. “Devemos isso àqueles que sofreram tanto para superar o ciclo de crueldade, terror e vingança”, escreveu. As agências da ONU pedem que Israel e Egito aumentem a ajuda humanitária para os palestinos, que ainda está aquém do previsto no cessar-fogo.
Cessar-fogo
O anúncio do cessar-fogo foi feito em 10 de outubro e levou à libertação de pelo menos 20 reféns israelenses e 2 mil presos e detidos palestinos sob custódia de Israel. Uma reportagem da agência alemã Deutsche-Welle sobre quais os cuidados com as pessoas libertadas devem ser tomados, mostra que se trata de um processo longo e difícil.
Os especialistas ouvidos falaram da importância de um suporte financeiro de longo prazo para os libertados, em especial para os territórios palestinos, que dependem de recursos internacionais e consideram importante que a comunidade internacional apoie os centros que atuam nessa área.
Do Brasil de Fato, com informações das agências internacionais AFP, DW e The Guardian