Israel confirma morte do líder do Hamas em Gaza
O governo de Israel confirmou a morte de Yahya Sinwar, líder do Hamas, após um confronto armado em Rafah. A notícia foi dada pelo ministro das Relações Exteriores de Israel, Israel Katz.
As Forças de Defesa de Israel (FDI) e a agência de segurança doméstica Shin Bet divulgaram uma declaração conjunta.
"Uma força da 828ª Brigada, que operava na área, identificou e eliminou três terroristas. Após concluir o processo de identificação do corpo, agora pode ser confirmado que [Sinwar] foi eliminado."
De acordo com relatos da rádio do Exército de Israel, soldados das FDI estavam patrulhando a região de Tel Sultan, localizada em Rafah, na Faixa de Gaza, quando perceberam três militantes do Hamas em um edifício abandonado. Os soldados dispararam dois projéteis de tanque, eliminando os três palestinos.
Sinwar, que em agosto sucedeu a Ismail Haniyeh, assassinado num ataque israelense em Teerã, foi considerado “inimigo público número um em Israel” e um dos principais arquitetos do ataque de 7 de Outubro. Antes de assumir o cargo máximo do Hamas, liderava a organização na Faixa de Gaza desde 2017.
Nascido no campo de refugiados de Khan Yunis, porção sul da Faixa de Gaza, em 1962, Sinwar passou 22 anos de sua vida em prisões israelenses por ter orquestrado o sequestro e a morte de dois soldados israelenses em 1988.
Solto em 2011, após um acordo de troca de reféns, Yahya Sinwar foi declarado líder do Hamas após a morte do então líder do movimento, Ismail Haniya, que estava no Irã para participar do funeral do ex-presidente iraniano Ebrahim Raisi, morto em um acidente de helicóptero.
Em diversas declarações, Sinwar afirmou que seu maior temor era morrer de velhice, e que o maior presente que Israel poderia lhe oferecer era o martírio. Yahya foi o primeiro líder do Hamas a habitar a Faixa de Gaza desde Khaled Mashal, que transferiu a liderança do movimento para o Catar em 2012.
Com a Agência Sputnik
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