Itamaraty condena massacre israelense no Líbano
O governo brasileiro condenou o bombardeio aéreo feito por Israel na sexta-feira (20) contra área residencial densamente povoada no subúrbio de Dahiyeh, no sul de Beirute, o qual resultou na morte de ao menos 31 pessoas, entre elas três crianças e sete mulheres.
O Ministério das Relações Exteriores disse, através de uma nota divulgada em seu site neste sábado (21), que o governo brasileiro acompanha, com forte preocupação, "esse mais recente episódio na escalada de tensões na região".
"O Brasil exorta as partes envolvidas ao exercício de máxima contenção e à imediata interrupção dos ataques, que ameaçam conduzir a região a conflito de ampla proporção. O Brasil reafirma sua convicção sobre a urgência de alcançar cessar-fogo permanente e abrangente na Faixa de Gaza, como forma de evitar o alastramento das hostilidades para outras áreas do Oriente Médio", afirma a nota.
Ao mesmo tempo, a chancelaria brasileira disse que, por meio da Embaixada do Brasil em Beirute, segue monitorando a situação dos nacionais no Líbano e prestando as orientações devidas à comunidade brasileira.
Por fim, informou que o plantão consular do Itamaraty também pode ser contatado por meio do telefone +55 (61) 98260-0610.
Também neste sábado (21), o primeiro-ministro do Líbano, Najib Mikati, anunciou o cancelamento de sua presença na Assembleia Geral das Nações Unidas ao denunciar os "massacres horríveis" após ataques mortais contra o Hezbollah em território libanês, atribuídos a Israel.
Mikati disse em um comunicado, citado pelo The Times of Israel, que cancelou sua viagem "em vista dos acontecimentos ligados à agressão israelense ao Líbano", depois que nesta semana houve um ataque israelense que matou os principais comandantes do Hezbollah nos subúrbios ao sul de Beirute e ataques generalizados aos dispositivos de comunicação do grupo.
Morte de líder
Nessa sexta-feira (20), o movimento libanês Hezbollah confirmou a morte de um de seus líderes, Ibrahim Aqil, em um bombardeio israelense em um subúrbio ao sul de Beirute, capital do país.
Após dois dias de ataques eletrônicos contra membros do Hezbollah, movimento armado e partido político xiita libanês contrário ao Estado israelense, as Forças de Defesa de Israel (FDI) realizaram um novo ataque contra o grupo.
Em um ataque aéreo, as FDI mataram Ibrahim Aqil, líder da Força Radwan, unidade de operações especiais do Hezbollah, além de outros membros da estrutura de comando. As mortes foram confirmadas pelo grupo.
"Com grande orgulho e honra, a Resistência Islâmica apresenta hoje um de seus grandes líderes como mártir no caminho para Jerusalém." A frase final é usada pelo movimento para se referir a combatentes mortos por Israel.
Segundo as forças israelenses, haveria um plano dos combatentes para atacar a fronteira norte do país, infiltrar-se nas linhas israelenses e sequestrarem novos reféns, assim como foi feito pelo Hamas em 7 de outubro de 2023.
O bombardeio deixou 12 pessoas mortas e 60 feridas, informa o Ministério da Saúde libanês.
Fonte: Agência Sputnik
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