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Itamaraty reverte decisão de Bolsonaro e reintegra Brasil à Celac


(Foto: Divulgação/MRE)

O Ministério das Relações Exteriores anunciou oficialmente o retorno do Brasil à Comunidade dos Estados Latino-Americanos e Caribenhos (Celac). O retorno ocorre dois anos após a saída do país do órgão durante o governo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).


A anúncio oficial da volta do Brasil à Celac foi feito por meio de um comunicado publicado pelo Itamaraty na quinta-feira (5).


"O governo brasileiro comunicou hoje, 5 de janeiro, aos países membros da Comunidade dos Estados Latino-Americanos e Caribenhos (Celac), pelos canais diplomáticos adequados, a reincorporação do Brasil, de forma plena e imediata, a todas as instâncias do mecanismo, tanto as de caráter político como as de natureza técnica", diz o comunicado.


A volta do país ao órgão já era esperada, uma vez que tanto o presidente brasileiro, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), quanto o chefe do Itamaraty, Mauro Vieira, têm enfatizado em suas falas a necessidade de integração regional.


Segundo o chanceler Mauro Vieira, Lula pretende implantar uma política de reconstrução de pontes, em primeiro lugar com os vizinhos sul-americanos, restabelecendo todos os mecanismos de contato e negociação, e também com América Latina, em geral.


Na quinta-feira, o Itamaraty já havia revertido outra medida do governo anterior nas relações internacionais, recolocando o Brasil no Pacto Global para Migração da Organização das Nações Unidas (ONU).


A nota publicada pelo Itamaraty também aponta que Lula deve participar da VII Cúpula de Chefes de Estado e de Governo da CELAC. O evento deve ocorrer no final de janeiro, quando o presidente brasileiro deve visitar a Argentina.


Histórico

A Celac foi fundada em fevereiro de 2010, com a participação direta do Brasil, que, ainda em 2018, sediou a I Cúpula de Países da América Latina e Caribe, reunindo representantes dos 33 países (incluindo o Brasil) que integrariam a Celac para discutir um projeto de integração regional.


Desde sua criação, a Celac tem promovido reuniões sobre os diversos temas de interesse das nações latino-americanas e caribenhas, como educação, desenvolvimento social, cultura, transportes, infraestrutura e energia, além de ter se pronunciado em nome de todo o grupo por ocasião de assuntos discutidos globalmente, como o desarmamento nuclear, a mudança do clima e a questão das drogas, entre outros.


Em janeiro de 2020, o governo chefiado pelo ex-presidente Jair Bolsonaro decidiu suspender a participação brasileira no grupo. A medida foi anunciada pelo então chanceler, Ernesto Araújo. Em sua conta pessoal no Twitter, o ministro justificou a medida afirmando que “a Celac não vinha tendo resultados na defesa da democracia ou em qualquer área. Ao contrário, dava palco para regimes não-democráticos como os da Venezuela, Cuba, Nicarágua”. O fim do bloqueio norte-americano a Cuba é uma reivindicação histórica do bloco.


Diplomacia

A decisão de reintegrar o Brasil à Celac faz parte do projeto de “restaurar a diplomacia brasileira” e reconstruir pontes com países sul-americanos, anunciado pelo presidente Lula ainda durante a última campanha eleitoral.


Já eleito, Lula viajou para o Egito, onde participou da COP27, a Conferência do Clima das Nações Unidas. Na ocasião, ele disse que o Brasil está “de volta”, referindo-se ao desejo de assumir protagonismo global. Pouco depois, Lula anunciou que sua primeira viagem internacional já como presidente será para a Argentina, onde participará da Cúpula da Celac.


Com a Sputnik

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