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Itapemirim oferece viagem de ônibus a clientes sem voos


Em março, reunião com governo: Ciro Nogueira, Gilson Machado e Sidnei Piva, dono da Itapemirim ( Foto: Mtur)

Devendo a fornecedores, com salários de funcionários em atraso e com milhares de passageiros pedindo ressarcimento dos valores pagos em viagens canceladas, a companhia aérea Itapemirim viveu seu momento de "glória" sete meses atrás, quando foi anunciada com toda pompa pelo governo Jair Bolsonaro (PL) a concessão para exploração de serviços de transporte aéreo. Hoje, as operações da empresa estão suspensas e foi descoberto que o dono, o bolsonarista Sidnei Piva, também é acusado de golpe contra centenas de investidores de criptomoedas CrypTour lançadas em julho pelo grupo de transporte.

Nesta terça-feira (21), a Itapemirim informou que está oferecendo lugares em seus ônibus aos clientes que compraram passagens aéreas nos voos da companhia.

Em março deste ano, o empresário apresentou o projeto da companhia aérea ao ministro do Turismo, Gilson Machado, em encontro que teve a participação do presidente da Embratur, Carlos Brito, e do senador Ciro Nogueira (PP-PI), atual ministro-chefe da Casa Civil do governo Bolsonaro. Na ocasião, o empresário expôs os planos da futura empresa aérea para o turismo no país. Segundo ele, a companhia iria focar em progresso, infraestrutura e na geração de empregos. “A Itapemirim deixa de ser uma empresa de ônibus e passa a ser uma empresa de conexão de pessoas e modais, estimulando o desenvolvimento regional”, disse, na ocasião.

Nesta terça-feira, o ministro da Infraestrutura, Tarcísio Gomes de Freitas, afirmou que a Itapemirim passou pelo processo de certificação de operação e que a Anac (Agência Nacional de Aviação Civil) seguiu os trâmites corretos e se “cercou de todos os cuidados” em relação à empresa.

“Ela (a Itapemirim) tinha todas as condições de operar e vinha até com uma proposta interessante de operação rodoviária com operação aérea. E, em tese, era um diferencial em relação a outras companhias”, declarou Freitas.

No entanto, segundo reportagem do Globo, o contrato social apresentado pela Itapemirim Transportes Aéreos (ITA) para obter a autorização para operação junto à Anac indica que a empresa tinha apenas R$ 380 mil como capital social. Especialistas no setor ponderam que o montante é muito baixo para a operação em aviação, ainda que não haja um impedimento legal para a concessão da autorização por essa razão.

Na última sexta-feira (17), a empresa suspendeu sem aviso prévio as suas operações em todo o país, deixando desassistidos os passageiros que esperavam a hora de embarcar e afetando 40 mil clientes que tinham passagens para os 503 voos programados até 31 de dezembro.

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