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Jogadores da Seleção decidem disputar a Copa América


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(Foto: Lucas Figueiredo/CBF)

Os jogadores da Seleção Brasileira de futebol decidiram que vão disputar a Copa América, apesar de serem contrários à realização do torneio de seleções sul-americanas ante alertas de autoridades sanitárias para uma terceira onda de covid-19 este mês. A decisão será anunciada com um manifesto que conterá críticas à forma que o evento foi organizado, segundo o Globo Esporte. O Brasil estreia diante da Venezuela, no estádio Mané Garrincha, em Brasília, no domingo (13). Antes disso, nesta terça-feira (8), a Seleção Brasileira enfrenta o Paraguai pelas Eliminatórias da Copa do Mundo, no estádio Defensores del Chaco, em Assunção.

Na semana passada, os atletas se reuniram com Tite, o técnico da Seleção, o restante da comissão técnica e o presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF) Rogério Caboclo, agora afastado do cargo após denúncia de assédio sexual e moral, e discutiram participar ou não da competição.

'Campeonato da morte'

No sábado (5), o presidente Jair Bolsonaro, participou de uma reunião com membros da Confederação Sul-Americana de Futebol (Conmebol) e deu o aval para a realização do torneio entre seleções sul-americanas no país. Capitães das dez seleções que participarão do torneio foram sondados para se juntar à reunião, mas nenhum aceitou o convite.

No domingo (6), o relator da CPI da Covid, senador Renan Calheiros (MDB-AL), afirmou que enviou aos jogadores e à comissão técnica da Seleção Brasileira uma nota pedindo uma reflexão sobre a participação dos atletas nos jogos da Copa América.

O senador lista, no documento, argumentos "estritamente técnicos, sem qualquer viés político" da equipe técnica da CPI da Covid contrária à realização da competição no Brasil. Anteriormente, os senadores que participam da CPI declararam que o campeonato da Copa América no Brasil seria "o campeonato da morte".

Mourão ataca Tite, que continua na seleção

O vice-presidente Hamilton Mourão atacou nesta segunda-feira (7) o técnico da seleção. Ao defender a participação do Brasil na Copa América, Mourão disse, sem citar o nome do treinador, que se Tite "não quer mais", pode "pedir o boné", porque "o Cuiabá está precisando de um técnico". O Cuiabá disputa pela primeira vez o campeonato brasileiro da Primeira Divisão.

A fala de Mourão vai ao encontro das manifestações bolsonaristas que, nas redes sociais, passaram a atacar o técnico e a pedir sua saída.

Tite não goza da simpatia do governo desde 7 de julho de 2019, quando ele recusou um cumprimento do presidente Jair Bolsonaro no gramado do Maracanã durante a solenidade de premiação da conquista do título da Copa América. Tite já havia recusado um encontro com o presidente anteriormente. O treinador da seleção sempre teve postura antinegacionista e a favor das medidas de isolamento social contra a covid-19. Nas últimas entrevistas, vinha deixando claro seu descontentamento com a realização da Copa América devido às previsões sobre a pandemia nas próximas semanas, o que desagradou em cheio o governo e aliados, que veem no torneio continental possibilidade de ganho político, ante o forte declínio de Bolsonaro nas pesquisas eleitorais para 2022.

Apesar da pressão do Planalto, segundo o colunista Lauro Jardim, do Globo, o novo comando da CBF, depois do afastamento do presidente Rogério Caboclo, decidiu que Tite permanecerá à frente da seleção na sequência das Eliminatórias. A decisão põe fim ao desejo do Planalto de ter Renato Gaúcho, bolsonarista declarado, no comando da seleção. Renato teria sido uma promessa de Caboclo a Bolsonaro, antes de cair sob acusações de assédio sexual e assédio moral a uma ex-funcionária da CBF.

Único jogador a se manifestar sobre a disputa ou não da Copa América, o capitão Casemiro já havia dito que a posição dos atletas e da comissão técnica é unânime e que "nosso posicionamento todo mundo sabe".

"Queremos falar, no momento oportuno vamos falar. Não sou eu, não são os jogadores da Europa, como rolou. Quando fala alguém, falam todos os jogadores, com o Tite, com a comissão técnica. Tem quer ser unânime, todos juntos", disse, após o jogo contra o Equador na última sexta-feira.

O governo brasileiro aceitou sediar a Copa América a menos de duas semanas do início do torneio. A Argentina desistiu de ser sede da competição justamente devido à alta da pandemia no país.


 
 
 

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