Juíza determina tornozeleira eletrônica para Flordelis
A partir desta sexta-feira, a deputada Flordelis dos Santos Souza (PSD-RJ) será obrigada a usar tornozeleira eletrônica e ficar recolhimento noturno das 23h às 6h. A decisão é da juíza Nearis dos Santos Carvalho Arce, da 3ª Vara Criminal de Niterói, que, entretanto, negou pedido do Ministério Público estadual para afastar do cargo a parlamentar acusada de ser mandante do assassinato do marido, o pastor Anderson do Carmo. Na Câmara, foi aberto na semana passada um processo de cassação do mandato.
Para justificar o monitoramento eletrônico, a juíza citou tentativas de Flordelis de embaraçar as investigações, e ressaltou que a tornozeleira não impedirá as atividades parlamentares mas vai auxiliar na fiscalização do cumprimento de outras medidas, como a que proíbe a deputada federal de ter contato com testemunhas e outros réus do processo. A juíza determinou que a colocação do equipamento seja feito com urgência pela Secretaria de Administração Penitenciário do Estado do Rio de Janeiro.
A juíza também determinou que Adriano dos Santos Rodrigues, filho biológico de Flordelis, seja transferido para a penitenciária de segurança máxima Laércio da Costa Pellegrino, conhecida como Bangu 1, Zona Oeste do Rio. Havia suspeita de que Adriano vinha se comunicando de dentro do presídio com Flordelis.
Delegado transferido
O delegado Allan Duarte, que conduziu as investigações que elucidaram o assassinato do pastor Anderson do Carmo, foi transferido da Divisão de Homicídio de Niterói e São Gonçalo (DHNSG) para a Delegacia do Mutuá (72ª DP), em São Gonçalo. A mudança, publicada no Boletim Informativo da Polícia Civil de quinta-feira (17), faz parte de uma série de mudanças – conhecida como dança das cadeiras – promovidas pelo novo secretário de Polícia Civil, Allan Turnowski, que nomeou na última terça-feira também seus chefes de departamento.
