Justiça mantém preso militar que matou vizinho em SG
A Justiça manteve a prisão do sargento da Marinha Aurélio Alves Bezerra, que assassinou com três tiros na porta de casa seu próprio vizinho, Durval Teófilo Filho, no condomínio onde os dois moravam, em São Gonçalo. Em audiência de custódia realizada nesta sexta-feira (4), a juíza Ariadne Villela Lopes, da 5ª Vara Criminal, atendeu ao pedido do Ministério Público do Rio de Janeiro (MP-RJ) e converteu em preventiva a prisão em flagrante de Aurélio e também converteu a tipificação do crime para homicídio doloso. Pela Delegacia de Homicídios da Baixada Fluminense, o militar foi indiciado por homicídio culposo, quando não há a intenção de matar, causando revolta dos familiares e amigos da vítima.
Em depoimento, o sargento reafirmou o que disse à policia, que teria atirado na vítima em "reação a uma suposta tentativa de assalto, enquanto a mesma caminhava e mexia em sua mochila".
Mulher de Durval, Luziane Teófilo disse que o marido morreu por causa da cor da pele. "Tenho certeza de que isso aconteceu porque ele é preto", disse.
Fugindo da violência
Há 12 anos, Durval deixou a comunidade do Capote, em São Gonçalo, e comprou um apartamento na cidade em busca de mais segurança. Ele trabalhou como letrista em uma plataforma da Petrobras e atualmente estava empregado como repositor de um supermercado.
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