Justiça nega soltura de cônsul alemão suspeito de matar o marido
- Da Redação

- 7 de ago. de 2022
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Atualizado: 30 de ago. de 2022

A juíza Maria Izabel Pena Pieranti, do plantão judiciário do Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro, negou o pedido de habeas corpus impetrado pela defesa do cônsul alemão Uwe Herbert Hahn. Ele foi preso em flagrante acusado de matar o marido Walter Henri Maximillen Biot na última sexta-feira (5), no apartamento do casal em Ipanema, Zona Sul do Rio.
A defesa alegou no pedido de ‘habeas corpus’ que a prisão é ilegal, considerando a imunidade diplomática de Uew Herbert Hahn e a ausência de flagrante.
A magistrada considerou que, por se tratar de um processo do plantão judiciário, deve se limitar ao aspecto formal e da circunstância do delito praticado.
Durante audiência de custódia neste domingo (7), na cadeia de Benfica, onde o cônsul está preso, o juiz Rafael de Almeida Rezende converteu em preventiva a prisão em flagrante. O magistrado negou o pedido de relaxamento de prisão e considerou que o homicídio, ocorrido no imóvel do casal, não guarda qualquer relação com as funções consulares.
O juiz levou em consideração a existência de diversas lesões no corpo da vítima, uma delas compatível com pisadura e outra com emprego de instrumento cilíndrico (como um bastão) e a constatação de manchas de sangue no quarto do casal e no banheiro.
Para o magistrado, a manutenção da prisão é importante para evitar riscos à coleta de provas e a fuga do suspeito.
Em seu depoimento na 14ª DP, no Leblon, o cônsul contou que Walter Biot sofreu um mal súbito e caiu no chão. O laudo do IML atesta, no entanto, que Biot morreu de hemorragia subaracnoide (extravasamento de sangue entre o cérebro e o tecido), contusão craniana e traumatismo cranoencefálico, provocados por ação contundente. O documento aponta ainda que o corpo apresenta mais de 30 lesões, como equimoses, escoriações e outros tipos de ferimentos nos braços, pernas, tronco e cabeça. De acordo com o Extra, no apartamento do casal, policiais encontraram móveis em desalinho e manchas de sangue no chão e em uma poltrona.
Privacidade
Procurado pela Agência Brasil, o cônsul-geral da República Federal da Alemanha no Rio de Janeiro, Dirk Augustin, esclareceu, por intermédio do cônsul-geral Adjunto, Joachim Schemel, que a Embaixada da Alemanha e o Consulado Geral no Rio de Janeiro “estão em estreito contato com as autoridades brasileiras neste caso”. Pediu ainda que, “por razões de privacidade pessoal”, não é possível atualmente fornecer mais informações sobre Uwe Herbert Hahn ou detalhes do caso.
Com a Agência Brasil










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