Líder do governo Bolsonaro investigado por corrupção

O novo líder do governo na Câmara, deputado Ricardo Barros (PP-PR), é investigado por corrupção envolvendo a Companhia Paranaense de Energia Elétrica (Copel). Barros, ex-ministro da Saúde do governo Michel Temer, foi apontado em delação premiada de executivos da empreiteira Galvão Engenharia e teria recebido mais de R$ 5 milhões para intermediar negócios da companhia junto à Copel. Barros teria recebido R$ 1,55 milhão em espécie e outros R$ 3,53 milhões em doações eleitorais ao diretório nacional do seu partido, o PP, ex-partido também do presidente Jair Bolsonaro (sem partido).
Segundo a agência de notícias Reuters, a Copel enviou um comunicado à Comissão de Valores Mobiliários (CVM) dizendo que criou uma comissão no ano passado para investigar suposto caso de corrupção envolvendo a empresa, após ter sido notificada pelo Supremo Tribunal Federal (STF) sobre a delação premiada. "A colaboração premiada foi homologada em 1 de agosto de 2019 pela Corte máxima do país. O processo, no qual a Copel é vítima corre sob sigilo no STF", diz o comunicado.
Em nota enviada à Reuters, Ricardo Barros disse que "a suposta delação não corresponde aos fatos e que provará a sua inocência".
De acordo com informações publicadas em um site de apoio ao presidente Bolsonaro, um dos delatores relatou que em 2011 Ricardo Barros teria intermediado a venda para a Copel de 49,9% da participação da Galvão Engenharia na São Bento Energia. Nessa ocasião teria recebido o pagamento de R$ 1,55 milhão em dinheiro vivo.
Ricardo Barros é o tesoureiro do PP. O relato do delator teria sido confirmado por outro executivo.