Líder do governo Bolsonaro pediu dinheiro a investigado pela PF
![](https://static.wixstatic.com/media/016591_c4ef3956548047cf9cebf2969cfd830c~mv2.png/v1/fill/w_49,h_28,al_c,q_85,usm_0.66_1.00_0.01,blur_2,enc_auto/016591_c4ef3956548047cf9cebf2969cfd830c~mv2.png)
Operação realizada pela Polícia Federal (PF) encontrou uma troca de mensagens do líder do governo Jair Bolsonaro (PL) no Congresso, senador licenciado Eduardo Gomes (PL-TO), com um empresário investigado por lavagem de dinheiro e fraudes em licitações no Tocantins.
Conforme o Globo, as mensagens foram enviadas pelo senador ao empresário Jorge Rodrigues Alves com pedidos de depósitos bancários e sugestões de troca de favores.
A descoberta ocorreu diante da deflagração da Operação Lavanderia, que investiga um esquema de lavagem de dinheiro e fraudes em licitações no Tocantins. Rodrigues Alves, que atua nos setores de construção civil e iluminação, é um dos alvos.
Diante das descobertas, a Polícia Federal enviou o inquérito para a 4ª Vara Federal do Tocantins solicitando que o caso vá para o Supremo Tribunal Federal (STF) por envolver um parlamentar.
"Há, por fim, diversas conversas entre Jorge e o senador Eduardo Gomes, indicando que Jorge aparentemente paga contas para o senador e lhe envia dinheiro, assim como lhe pede favores e intercessão em assuntos de suas empresas", diz a PF no ofício obtido pelo Globo.
Em uma das mensagens flagradas pela PF, Gomes pediu dinheiro "para custear o buffet de uma festa". Alves deu sinal positivo: "Como seria? Direto no buffet? Quanto? Estamos juntos, amigo". Diante disso, o senador passou a conta bancária de uma mulher.
Rodrigues Alves teria custeado despesas de campanha do senador eleito em 2018.
A PF aponta que o parlamentar, que na época era vice-líder do governo Bolsonaro, se movimentou em 2019 para adiar uma portaria do Inmetro que prejudicava o empresário.
"Preciso muiiiiito de sua ajuda. Portaria 20 do Inmetro. Precisa ser URGENTEMENTE suspensa ou adiada", disse o empresário Rodrigues Alves em uma da mensagens.
O pedido foi atendido a portaria foi adiada.
Em nota, o senador negou irregularidades.
"Jamais houve qualquer pagamento ou repasse ao senador Eduardo Gomes nos casos questionados. As mensagens trocadas são autoexplicativas: tratam-se de pedidos de empréstimos a um amigo, mas que não se efetivaram. Assim como não houve qualquer intermediação ou negócio irregular. No exercício do mandato, o senador somente dá seguimento a eventuais demandas quando estas são de interesse público, de forma transparente e responsável", disse.