Líderes do BRICS adotam declaração final da XVI Cúpula
- Mehane Albuquerque
- 23 de out. de 2024
- 2 min de leitura
No segundo dia da Cúpula do BRICS em Kazan, na Rússia, os representantes das nações que participaram das duas reuniões — a primeira restrita aos membros plenos, e a segunda em formato aberto aos demais — aprovaram a Declaração de Kazan. No documento, as autoridades resumiram os resultados da presidência russa neste ano e definiram as prioridades para o futuro. O documento final está publicado no site oficial do presidente russo.
“Foi preparada uma declaração final, que contém avaliações gerais do estado das questões mundiais, resume os resultados da presidência russa no BRICS e define as referências de interação a longo prazo”, explicou o presidente da Rússia, Vladimir Putin.
O documento é composto por um prefácio e quatro seções: "Fortalecimento das relações multilaterais no interesse de uma ordem mundial mais justa e democrática", "Fortalecimento da cooperação no interesse da estabilidade e segurança global e regional", "Aprofundamento da cooperação financeira e econômica no interesse do desenvolvimento global equitativo" e "Expansão dos intercâmbios humanitários no interesse do desenvolvimento socioeconômico".
"Reafirmamos a importância de enfatizar a solidariedade e aprimorar a colaboração entre os países do BRICS com base em nossos interesses comuns e prioridades-chave e aprofundar nossa parceria estratégica", diz o texto.
A declaração enfatiza o interesse significativo do Sul Global no BRICS e aprova a "modalidade do status de país-parceiro do BRICS". Os líderes acreditam que a expansão da parceria do BRICS com os países em desenvolvimento aumentará a cooperação internacional.
A Cúpula do BRICS teve início em Kazan no dia 22 de outubro e será concluída no dia 24 de outubro. No último dia do evento, estão programadas reuniões no formato BRICS+.
Confira os pontos principais da declaração final da Cúpula do BRICS, em que os Estados-membros da associação:
- Ressaltam a importância de continuar a implementação da estratégia de parceria econômica até 2025 em todas as direções;
- Apelam para participação maior dos países menos desenvolvidos, especialmente da África, nos processos globais;
- Saúdam o grande interesse do Sul Global para associação;
- Expressam preocupação com o impacto negativo das sanções ilegais na economia global;
- Mostram sua fidelidade ao multilateralismo e preservação do papel da ONU no mundo, apoiando a reforma abrangente da ONU, incluindo o Conselho de Segurança;
- Saúdam o uso de moedas nacionais em transações financeiras entre os países do BRICS e seus parceiros comerciais;
- Opõem-se a medidas unilaterais impostas sob o pretexto de combater as mudanças climáticas;
- Reconhecem o grande potencial das TIC para superar a exclusão digital para o crescimento e o desenvolvimento socioeconômico;
- Concordam em facilitar o comércio mútuo, apoiando as reformas da OMC;
- Apelam para o fortalecimento do regime de não proliferação e desarmamento, reconhecendo seu papel na manutenção da estabilidade global.
*Com informações da TV BRICS, parceira do TODA PALAVRA; e da Agência Sputnik Brasil
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