Lavrov: EUA instigam Ucrânia para desafiar a Rússia
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Lavrov: EUA instigam Ucrânia para desafiar a Rússia


O chanceler russo, Sergei Lavrov, em discurso na câmara baixa do Parlamento (Foto: Sputnik/Maksim Blinov)

Os EUA estão empurrando Kiev para provocações diretas contra a Rússia, disse o chanceler russo, Sergei Lavrov, em discurso na câmara baixa do Parlamento russo.

"Ultimamente, os EUA e seus aliados europeus, esquecendo totalmente a cultura diplomática, estão dobrando os esforços na contenção de nosso país", afirmou nesta quarta-feira (26).

"Basta olhar para a execução de manobras militares cada vez mais provocativas nas proximidades de nossas fronteiras, para o envolvimento do regime de Kiev na órbita da OTAN, para as entregas a ele de armamento letal e para o incentivo que é lhe dado para realizar provocações diretas contra a Federação da Rússia", acrescentou o ministro.

Além disso, o chanceler russo afirma que Washington pretende "punir" a Rússia e a China com sanções e provocações dos serviços de inteligência. Segundo suas palavras, os EUA e seus aliados estão impondo sua visão da constituição da vida internacional, atribuindo-se o direito de elaborar suas regras nos mais diversos domínios.

"Eles estão tentando punir, como eles dizem, os dissidentes que realizam uma política independente, primeiramente o nosso país e a República Popular da China, por meio de vários instrumentos inadequados como sanções de diversos tipos, demonização no espaço midiático e provocações dos serviços especiais", constatou.

Ele ressaltou que Moscou vai combater duramente as tentativas de representar a Rússia como um dos lados no conflito na Ucrânia:

"Vamos continuar impedindo duramente as tentativas de transferir para a Rússia a responsabilidade pela ausência de progressos, quanto mais de nos representar como um lado do conflito, tal como os países do Ocidente estão tentando fazer vergonhosamente nos últimos tempos."

Sergei Lavrov reiterou mais uma vez que Moscou exorta os EUA, França, Alemanha e outros aliados europeus a forçarem Kiev a cumprir os Acordos de Minsk.

Quanto ao assunto das garantias de segurança no Leste Europeu, o chefe da diplomacia russa declarou que, "dependendo do conteúdo dessa resposta [dos EUA], que é esperada nesta semana, nós vamos preparar, em conjunto com nossos colegas de outras entidades, propostas para o presidente [Vladimir Putin] sobre os passos seguintes".

No final de 2021, a Rússia propôs ao Ocidente um caminho para resolver as discórdias, entregando a Bruxelas e Washington projetos de documentos sobre garantias de segurança, mas até agora as conversas não levaram a nada.

Biden: 'Não temos intenções' de destacar forças da OTAN

Segundo declarações de terça-feira (25) do presidente norte-americano, nem os EUA nem a OTAN planejam enviar militares diretamente à Ucrânia com o objetivo de deter uma suposta "invasão" da Rússia.

Após declarações de Jens Stoltenberg, secretário-geral da OTAN, Joe Biden também disse que não há planos de destacar militares na Ucrânia.

"Não temos intenções de colocar forças americanas ou forças da OTAN na Ucrânia [...] Não haverá quaisquer forças americanas se deslocando à Ucrânia", relatou Biden em uma visita de terça-feira (25) a uma recém-aberta loja de presentes perto do Capitólio em Washington, EUA.

Ao mesmo tempo, o presidente norte-americano advertiu para as consequências de um conflito na Ucrânia.

"Haverá consequências enormes se ele [Vladimir Putin, presidente da Rússia] avançar e invadir [...] todo o país [Ucrânia] ou também muito menos que isso."

"Para a Rússia, não só em termos de consequências econômicas e consequências políticas, mas também [haverá] enormes consequências mundiais. Esta seria a maior, se ele [Putin] avançar com todas essas forças, seria a maior invasão desde a Segunda Guerra Mundial. Ela mudaria o mundo", afirmou.

Biden acrescentou que consideraria sancionar Putin diretamente se a Rússia "invadir" a Ucrânia.

"Sim, trataria disso", assegurou ele após ser questionado se pensaria em fazê-lo em caso de uma alegada invasão.

O presidente dos EUA declarou que as tensões russo-ucranianas dependem das decisões do presidente russo, que, na opinião de Biden, ainda não decidiu se pretende avançar na Ucrânia.

Na terça-feira (25) Stoltenberg revelou em entrevista à emissora CNN que a OTAN não enviará tropas à Ucrânia, apesar de na segunda-feira (24) ele ter destacado navios e aviões a países do Leste Europeu. Kiev também tem recebido grandes lotes de armamentos de países da Aliança Atlântica, e líderes ocidentais continuam ameaçando a Rússia com sanções caso invada seu vizinho.

Nos últimos meses aumentaram as tensões em torno da Ucrânia, com o Ocidente e Kiev acusando a Rússia de planejar uma invasão. Moscou rejeita essa ideia, indicando que tem todo o direito de movimentar tropas dentro do território de seu país e indica que as afirmações são um pretexto para a OTAN encobrir sua militarização das fronteiras perto da Rússia, incluindo na Ucrânia, apesar de ela não ser um Estado-membro.

A Rússia também adverte contra o armamento de Kiev pelos países ocidentais, apontando que isso pode encorajar ataques às repúblicas autoproclamadas russófonas na região de Donbass.


Fonte: Agência Sputnik

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