Lideranças de 26 países alertam para 'insurreição' no Brasil
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Lideranças de 26 países alertam para 'insurreição' no Brasil

Atualizado: 7 de set. de 2021


(Marcelo Camargo/Agência Brasil)

Ex-presidentes, ex-primeiros-ministros e parlamentares de 26 países afirmam em carta que as manifestações convocadas pelo presidente Jair Bolsonaro para o dia 7 de Setembro são “uma insurreição” que “colocará em risco a democracia no Brasil”. "O povo brasileiro tem lutado por décadas para proteger a democracia do regime militar. Bolsonaro não deve ter permissão para roubá-lo agora", afirma trecho do manifesto assinado por mais de 150 lideranças de vários Continentes.

O documento foi divulgado nesta segunda (6). Entre os mais de 150 signatários estão o ex-presidente do Paraguai Fernando Lugo, o ex-presidente da Colômbia Ernesto Samper, o ex-presidente do Equador Rafael Correa, o ex-chefe de governo da Espanha José Luis Rodríguez Zapatero e o vice-presidente do Parlamento do Mercosul, Oscar Laborde.

Os cientistas sociais Noam Chomsky e Cornel West, dos Estados Unidos, e o Nobel da Paz Adolfo Pérez Esquivel também assinam, além de parlamentares de países como Grécia, Reino Unido, EUA, França, Nova Zelândia, Austrália, Equador, Chile e Uruguai.

O documento cita as ameaças golpistas propagadas por Bolsonaro nas últimas semanas, como a declaração de que as eleições de 2022 podem não ocorrer se não houver a adoção do voto impresso.

O documento foi coordenado pela Progressive International, rede global progressista que busca conter o avanço da direita no mundo.

Confira a seguir a íntegra da carta, citada pela Folha de S.Paulo:


"Nós, representantes eleitos e líderes de todo o mundo, estamos soando o alarme: em 7 de setembro de 2021, uma insurreição colocará em risco a democracia no Brasil. No momento, o presidente Jair Bolsonaro e seus aliados - incluindo grupos de supremacia branca, polícia militar e funcionários públicos em todos os níveis do governo - estão preparando uma marcha nacional contra a Suprema Corte e o Congresso em 7 de setembro, alimentando temores de um golpe na terceira maior democracia do mundo. O presidente Bolsonaro intensificou seus ataques às instituições democráticas do Brasil nas últimas semanas. Em 10 de agosto, ele dirigiu um desfile militar sem precedentes pela capital, Brasília, enquanto seus aliados no Congresso promoviam reformas radicais no sistema eleitoral do país, amplamente considerado um dos mais confiáveis ​​do mundo. Bolsonaro e seu governo ameaçaram - várias vezes - cancelar as eleições presidenciais de 2022 se o Congresso falhar.

Agora, Bolsonaro convoca seus seguidores a viajarem a Brasília no dia 7 de setembro, em um ato de intimidação às instituições democráticas do país. De acordo com uma mensagem transmitida pelo presidente em 21 de agosto, a marcha é a preparação para um “contragolpe necessário” contra o Congresso e o Supremo Tribunal Federal. A mensagem afirmava que a "constituição comunista" do Brasil tirou o poder de Bolsonaro e acusou "o Judiciário, a esquerda e todo um aparato de interesses ocultos" de conspirar contra ele. Membros do Congresso no Brasil alertaram que a mobilização de 7 de setembro teve como modelo a insurreição na capital dos Estados Unidos em 6 de janeiro de 2021, quando o então presidente Donald Trump encorajou seus partidários a “parar o roubo” com falsas alegações de fraude eleitoral em eleições presidenciais de 2020. Estamos seriamente preocupados com a ameaça iminente às instituições democráticas do Brasil - e estamos vigilantes para defendê-las antes de 7 de setembro e depois. O povo brasileiro tem lutado por décadas para proteger a democracia do regime militar. Bolsonaro não deve ter permissão para roubá-lo agora.”

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