Ligado a milicianos, filho 01 aplaude eliminação de 'Ecko'
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Ligado a milicianos, filho 01 aplaude eliminação de 'Ecko'


Post do senador Flávio Bolsonaro (Patriota-RJ) após operação que resultou na morte do miliciano Ecko (Reprodução)

Conhecido também por promover condecorações a milicianos quando era deputado estadual, o senador Flávio Bolsonaro (Patriota-RJ) parabenizou a polícia "pela eliminação do miliciano 'Ecko'" após operação da Polícia Civil neste sábado (12), que resultou na morte de Wellington da Silva Braga, o Ecko, considerado o maior chefe da milícia no Rio e um dos criminosos mais procurados do país. O filho 01 do presidente Jair Bolsonaro fez questão de destacar, em texto publicado em sua rede social, que o miliciano "nunca foi policial".

"Parabéns aos Policiais Civis do Rio pela eliminação do miliciano 'Ecko', que nunca foi policial e era o mais procurado do país! Todo respeito e apoio incondicional aos verdadeiros Policiais de todo o Brasil!", escreveu Flávio, publicando também uma foto do grupo de policiais que participaram da operação.

Ecko foi baleado em confronto com policiais durante a Operação Dia dos Namorados ocorrido nas proximidades da casa de parentes, na localidade de Três Pontes, em Paciência, Zona Oeste do Rio, região controlada por sua milícia. A Polícia Civil chegou a divulgar uma foto de Ecko deitado, de olhos abertos, ainda vivo, com uma perfuração abaixo do coração, logo após sua captura. Ele foi socorrido e levado para o Hospital Miguel Couto, na Zona Sul da cidade, mas acabou não resistindo antes de dar entrada na unidade.

A polícia tinha informações de que ele iria visitar a família e deflagrou a operação, batizada de Dia dos Namorados. Além de dominar os bairros da Zona Oeste, a quadrilha do miliciano também estava se expandindo para a Baixada Fluminense.

Os milicianos controlam o transporte clandestino, a entrega de botijões de gás, serviços de TV e internet e também cobram a chamada taxa de segurança dos moradores e comerciantes, obrigados a pagar parcelas semanais ou mensais para que não sejam ameaçados pela milícia. A atividade criminosa mais rendosa atualmente entre as milícias, porém, é a exploração imobiliária nas regiões dominadas.

Ligações perigosas

Ecko assumiu o comando da maior milícia do Rio após a morte de seu irmão, Carlos Alexandre Braga, o Carlinhos Três Pontes, em abril de 2017, também em confronto com policiais civis na Zona Oeste.

Ecko se aproximou do Escritório do Crime, milícia então comandada pelo ex-capitão do Bope Adriano da Nóbrega, o que possibilitou a ampliação dos domínios territoriais das milícias no estado.

Adriano, preso e condenado por homicídio (posteriormente, o julgamento foi anulado), foi condecorado na prisão pelo então deputado estadual Flávio Bolsonaro, em 2004, com a Medalha Tiradentes, maior honraria da Assembleia Legislativa do Rio. Na ocasião, o oficial expulso da Polícia Militar do Rio de Janeiro também recebeu elogio do então deputado federal Jair Bolsonaro, que o chamou de "brilhante oficial".

Nas investigações do Ministério Público e da Polícia Civil sobre o esquema da rachadinha no gabinete de Flávio foi descoberto que Fabrício Queiroz, apontado como operador do esquema criminoso de desvio de dinheiro público, fez transferências para a conta do então ex-capitão do Bope. A mãe de Adriano, Raimunda Veras Magalhães, e a mulher dele, Danielle Mendonça da Costa da Nóbrega, também foram lotadas (até novembro de 2018) no gabinete do então deputado com salários de R$ 6.490,35, cada.

Foragido da polícia, Adriano foi morto por policiais militares na Bahia, em 9 de fevereiro do ano passado, num sítio onde estava escondido que pertencia ao vereador local Gilsinho da Dedé, do PSL, então partido do clã dos Bolsonaros.

Três dias depois da morte de Adriano, Flávio Bolsonaro postou em rede social pedindo que fosse investigada a hipótese de o ex-capitão, conhecido como maior matador de aluguel do Rio de Janeiro, ter sido “brutalmente assassinado”.

No dia 15 de fevereiro foi a vez do presidente Jair Bolsonaro fazer referência à morte do miliciano na Bahia, para dizer que Adriano era "um herói" da Polícia Militar na época em que foi homenageado pelo filho 01.

Outro miliciano suspeito de integrar o Escritório do Crime e recebeu Medalha Tiradentes das mãos de Flávio foi o ex-major da PM Ronald Paulo Alves Pereira, preso na Operação Intocáveis em janeiro de 2019. Ronald foi investigado como um dos autores de uma chacina de cinco jovens na antiga boate Via Show, em 2003, na Baixada Fluminense.

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