Lula após ataque de Jefferson: 'Democracia vencerá a barbárie'
O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) publicou nota neste domingo (23) se solidarizando com os policiais federais atacados pelo ex-deputado Roberto Jefferson, quando cumpriam mandado de prisão em sua casa, em Levy Gasparin, interior do estado do Rio. ” A democracia e a civilização vencerão a barbárie”, diz trecho da nota que publicou no Twitter.
“Minha solidariedade ao delegado Marcelo Vilella e a policial Karina Lino Miranda de Oliveira, feridos quando estavam apenas exercendo seu dever. Torcendo pela rápida recuperação. A democracia e a civilização vencerão a barbárie”, escreveu Lula.
O presidente Jair Bolsonaro (PL) se manifestou sobre o caso em rede social e criticou a investigação do STF. "Repudio as falas do Sr. Roberto Jefferson contra a Ministra Carmen Lúcia e sua ação armada contra agentes da PF, bem como a existência de inquéritos sem nenhum respaldo na Constituição e sem a atuação do MP", postou Bolsonaro no Twitter.
Sobre os ataques de Jefferson contra a ministra do Supremo, Lula publicou no Twitter: "As ofensas contra a Cármen Lúcia não podem ser aceitas por ninguém que respeita a democracia. Criaram na sociedade uma parcela violenta. Uma máquina de destruição de valores democráticos. Isso gera o comportamento como o que vimos hoje."
Em entrevista coletiva na capital paulista, o ex-presidente voltou a falar sobre o ataque à ministra. "O que esse cidadão fez com a ministra Cármen Lúcia não é possível de ser aceita por ninguém que ama a democracia. Ninguém tem o direito de utilizar os palavrões contra uma pessoa comum, muito menos contra uma ministra da Suprema Corte."
Lula afirmou ainda que a conduta do ex-deputado bolsonarista é causada pelo comportamento do presidente, que é candidato à reeleição.
“A gente nunca viu uma aberração dessa, uma ofensa dessa, uma cretinice dessa que esse cidadão, que é o meu adversário, estabeleceu no país. Ele conseguiu criar nesse país uma parcela da sociedade brasileira raivosa, com ódio, mentirosa, e que espalha fake news o dia inteiro, sem se importar se o filho dele está ouvindo a mentira ou não. É desrespeito pela sociedade”, declarou.
“Eu acho que isso gera comportamento como esse do ex-deputado Roberto Jefferson e gera o comportamento de algumas pessoas que seguem o adversário nosso. Ou seja, não é a primeira violência. Eu tenho visto pela imprensa padres sendo ofendidos, padres sendo atacados, pastores sendo atacados, evangélicos sendo proibidos de entrar na igreja. Ou seja, é uma máquina de destruição dos valores democráticos”, completou o candidato petista.
'Democracia em jogo'
O ex-presidente afirmou que o desafio nesta última semana de campanha é convencer o eleitor que o que está acontecendo no país não é uma disputa comum, e o que está em jogo é a democracia.
“Não é mais uma campanha de um homem contra outro homem, de uma mulher contra outra mulher, de um partido contra outro partido, o que está em jogo, na verdade, é se a democracia vai prevalecer nesse país ou se a gente vai viver a barbárie da mentira, a barbárie do genocídio, a barbárie da falta de respeito com o povo brasileiro”, disse.
“Ou seja, se alguém quiser desarmar esse país, tem que votar e votar contra o Bolsonaro. Se alguém quiser educação, ao invés de armas, tem que votar e votar contra o Bolsonaro. Se alguém quiser mais cultura nesse país, tem que ir votar e votar contra o Bolsonaro. Porque ele, na verdade, é contra tudo isso. Ele é contra a educação, ele é contra livros, ele é contra a cultura, ele é contra o aumento do salário mínimo. Na verdade, é um governo que é contra a verdade, é um chamado governo da mentira”, concluiu.
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