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Lula atribui alta do dólar a 'interesse especulativo' e critica BC


Em entrevista à Rádio Sociedade em Salvador (BA), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) atribuiu o aumento do dólar a "um jogo de interesse especulativo contra o real”. Nesta terça-feira (2), após bater R$ 5,70, o dólar recuou e fechou em R$ 5,66. O presidente também afirmou que terá uma reunião nesta quarta-feira, para tomar medidas contra a escalada da moeda americana. "Não é normal o que está acontecendo", frisou.


Ao ser questionado sobre quais seriam as medidas, Lula disse que "não poderia falar porque estaria alertando os adversários".


"Obviamente que me preocupa essa subida do dólar, é uma especulação. Há um jogo de interesse especulativo contra o real nesse país. E eu tenho conversado com as pessoas sobre o que a gente vai fazer. Estou voltando (para Brasília) e quarta-feira terei uma reunião, porque não é normal o que está acontecendo, não é normal", disse Lula durante a entrevista.


De acordo com Lula, "não se pode inventar crises" e "jogar a culpa" nas declarações do presidente da República. Lula se referiu às criticas recentemente feitas por ele sobre a atuação do presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, e a condução da política monetária em manter a taxa básica de juros em 10,5% ao ano, o que coloca o Brasil como país com o segundo maior juro real (6,79% ao ano) entre 40 países. O Brasil fica atrás da Rússia, com juros reais de 8,91%. Os juros reais são a conta considerando a taxa de juros descontada da inflação, e é o número que de fato afeta a economia.


Na mesma entrevista, Lula reforçou seu posicionamento em relação ao presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto.


"O que não dá é você ter alguém dirigindo o BC com viés político. Definitivamente, eu acho que ele tem um viés político, mas eu não posso fazer nada, porque é o presidente do BC, tem mandato, foi eleito pelo Senado. Eu tenho que esperar terminar o mandato e indicar alguém", disse .


Lula ainda reforçou que o Banco Central "não pode estar a serviço do mercado financeiro", mas da população, já que pertence ao "Estado brasileiro".


"A gente precisa manter o Banco Central funcionando de forma correta, com autonomia, para que o presidente do Banco Central não fiquei vulnerável às pressões políticas. (...) Quando você é autoritário você resolve fazer com que o mercado se apodere de uma instituição que deveria ser do Estado. Ele não pode estar à serviço do sistema financeiro, ele não pode estar à serviço do mercado", disse Lula, completando ainda: "É preciso cuidar dos gastos públicos. E ninguém nunca cuidou mais dos gastos públicos do que eu. O que eu não posso é aceitar a ideia de que é preciso acabar com benefício de pobre."

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