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Lula cobra cumprimento de acordos e diz que Brasil fará ‘COP da verdade’


Presidente Lula discursa na  Cúpula OTCA, em Bogotá, na Colômbia (Foto: Ricardo Stuckert/PR)
Presidente Lula discursa na  Cúpula OTCA, em Bogotá, na Colômbia (Foto: Ricardo Stuckert/PR)

Por Lorenzo Santigado

(Do Brasil de Fato)

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) cobrou nesta sexta-feira (22) que sejam cumpridos os acordos ambientais firmados na próxima COP30, que será em Belém (PA). O mandatário participou da 5ª Cúpula de Presidentes dos Estados Partes do Tratado de Cooperação Amazônica (OTCA), em Bogotá, na Colômbia, e disse que a maioria dos tratados não são “levados a sério” e muitos “países ricos” se limitam a discursos sem efetividade.


“Essa será a COP mais séria de todas as COPs. Vamos fazer a COP da verdade, onde todos digam o que realmente está acontecendo. Toda COP a gente vê muitas decisões que não são executadas. Poucos países se matam para tentar cumprir as decisões. Outros não dão importância e outros ainda negam a assinatura de acordos. Os protocolos de Kyoto e de Paris não foram cumpridos. Nada foi feito com uma série de acordos”, disse.


A COP30 é a a 30ª Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas e será realizada entre 10 e 21 de novembro.


Lula fez uma dura cobrança para que os países assinem compromissos, ressaltando que são eles a prova de que os governos tratam de maneira séria a questão climática.


Em seu discurso, o brasileiro afirmou que os governos não podem gastar “uma fortuna” para a realização da COP e o resultado ser “quase zero”. Para ele, a realização da COP na Amazônia é também para que os governo entendam a real situação do bioma e compreendam a “tarefa hercúlea” de cuidar dos recursos naturais.


“A gente não pode achar que os países ricos vão ter dó da gente e vão nos dar dinheiro para cuidar dos indígenas, dos trabalhadores. Não vão. É importante sabermos disso. Essa COP está marcada na Amazônia porque muita gente dá palpite e pouca gente conhece a Amazônia. É preciso aprender que há seringueiros, trabalhadores rurais, indígenas, pescadores e que essas pessoas precisam sobreviver e, para isso, é preciso manter a floresta em pé. Tem gente que vai só fazer discurso e gente que vai negociar”, afirmou.


Ao todo, representantes de oito países amazônicos participaram da Cúpula. Além dos presidentes da Colômbia, Gustavo Petro, e do Brasil, o mandatário boliviano, Luis Arce, esteve no evento. Outros participantes foram a vice-presidente do Equador, Verónica Abad, e os chanceleres da Guiana, Peru, Suriname e Venezuela.


Na preparação para a Cúpula, os ministros das Relações Exteriores adotaram 20 resoluções no que foi chamado de Declaração de Bogotá. Entre elas estão a criação de um mecanismo financeiro, um painel técnico-científico intergovernamental, medidas para fortalecer a segurança alimentar, a gestão de riscos climáticos e maior reconhecimento dos povos indígenas e seus conhecimentos tradicionais.


Vizinhos reforçam cooperação

O presidente colombiano e anfitrião do evento reforçou a necessidade de construir uma “nova identidade pan-amazônica” entre os povos dos diferentes países. Ele também reforçou a tese de Lula de que o objetivo da cúpula é passar das “palavras para a ação”.


“Precisamos construir um consenso para uma declaração conjunta que consolide os acordos regionais, que reflita as prioridades compartilhadas e oriente ações concretas para enfrentar os desafios climáticos, ambientais, econômicos, de segurança e sociais na Amazônia”, afirmou Petro.


A OTCA levará para COP30 essas exigências. As reuniões técnicas começaram na segunda-feira e tiveram como temas centrais ações e uma articulação entre os países para o combate ao desmatamento, as mudanças climáticas, o uso de combustíveis fósseis e a mineração ilegal.


A Organização foi criada em 1978 e, nesta edição, também discutiu o trabalho do Observatório Regional da Amazônia, a criação de uma Comissão Especial de Segurança Pública e Crimes Transfronteiriços, a retomada da Comissão Especial de Saúde na Amazônia, além do uso de aparatos técnicos de manejo florestal, hídrico e de fogo.

 
 
 
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