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Lula diz esperar rigor da lei para quem atentou contra democracia


O presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse nesta quinta-feira (8) esperar que o rigor da lei seja aplicado contra aqueles que atacaram a democracia, ao financiar os acampamentos que culminaram na tentativa de golpe do dia 8 de janeiro de 2022.


A afirmação de Lula foi feita horas depois da deflagração da Operação Tempus Veritatis que tem, como alvo, diversos militares que integraram o governo do ex-presidente Jair Bolsonaro. Deflagrada nesta quinta-feira (8) pela Polícia Federal (PF), a operação investiga a existência de suposta organização criminosa que teria atuado numa tentativa de golpe de Estado. Foram presos preventivamente pela PF Filipe Martins, ex-assessor especial de Bolsonaro, além de Marcelo Câmara, coronel do Exército citado em investigações, e Rafael Martins, major das Forças Especiais do Exército. O presidente do PL, partido de Bolsonaro, Waldemar Costa Neto também foi preso, por porte ilegal de arma, durante o cumprimento de mandado de busca e apreensão pela PF.


“É muito difícil um presidente da República comentar sobre uma operação da Polícia Federal que ocorre em segredo de Justiça. Espero que não ocorra nenhum excesso e seja aplicado o rigor da lei. Sabemos dos ataques à democracia. Precisamos saber quem financiou os acampamentos. Vamos esperar as investigações”, afirmou Lula, nas redes sociais.


Mais cedo, em viagem a Minas Gerais, Lula disse em entrevista à Rádio Itatiaia que o antecessor deve ter feito parte da estratégia para evitar que o petista assumisse o Palácio do Planalto.


"Ele deve ter participado da construção dessa tentativa de golpe. Vamos aguardar as investigações. Espero que o mais rápido possível possamos ter um resultado do que realmente aconteceu no Brasil", afirmou.


De qualquer forma, Lula pediu que Bolsonaro tenha a presunção de inocência que ele não teve - em referência ao processo que o levou à prisão em abril de 2018 - e que a polícia conduza as investigações da forma mais democrática possível, "sem abusos".


"Obviamente há muitas pessoas envolvidas, muitas pessoas que serão investigadas, porque o fato concreto é que houve uma tentativa de golpe. Houve uma política de não respeitar a democracia, uma tentativa de destruir algo que construímos há muitos anos, que é o processo democrático, e essas pessoas precisam ser investigadas", acrescentou Lula.


O presidente destacou ainda a importância de saber "quem financiou" os acampamentos golpistas, que após o resultado das eleições de outubro de 2022 reuniam milhares de bolsonaristas nas portas dos quartéis do Exército pedindo intervenção militar para que Lula não assumisse o poder.


Estão sendo cumpridos, ao todo, 33 mandados de busca e apreensão e quatro mandados de prisão preventiva, além de 48 medidas cautelares - entre elas, a apreensão do passaporte do ex-presidente Bolsonaro feita na sede do partido (PL) em Brasília.


Entre os investigados estão o ex-chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) general Augusto Heleno Ribeiro Pereira e o ex-ministro da Casa Civil general Walter Souza Braga Netto.


Também foram alvos das buscas o almirante Almir Garnier Santos, ex-comandante da Marinha, e o general Paulo Sergio Nogueira de Oliveira, ex-comandante do Exército entre 20 de abril de 2021 e 31 de março de 2022.


Segundo a delação do tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens da Presidência, o almirante Garnier teria colocado suas tropas à disposição de Bolsonaro em caso de tentativa de golpe armado.


Tércio Arnaud Tomaz, ex-assessor de Bolsonaro e considerado um dos líderes do "gabinete do ódio", Ailton Barros, coronel reformado do Exército, e o general Stevan Teófilo Gaspar de Oliveira, ex-chefe do Comando de Operações Terrestres do Exército, também aparecem na lista de buscas.


Relatório policial apontou que o ex-presidente Bolsonaro recebeu do então assessor da Presidência para Assuntos Internacionais Filipe Martins minuta do decreto para "executar o golpe de Estado". Ainda há suspeitas de reuniões entre militares de alta patente, tanto da ativa quanto da reserva, para debater as questões relativas ao golpe.


Ao todo, seis núcleos atuaram na tentativa de golpe, segundo a PF: inteligência paralela, para legitimar as ações; atuação jurídica; coordenação de ações de apoio operacional; ataques ao sistema eleitoral; e, por fim, incitação de golpe entre os militares.


Confira os alvos da operação desta quinta-feira:

- o ex-chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) general Augusto Heleno Ribeiro Pereira;

- ex-ministro da Casa Civil e da Defesa general Walter Souza Braga Netto;

- ex-ministro da Defesa general Paulo Sérgio Nogueira de Oliveira;

- major da reserva Ângelo Martins Denicoli;

- coronel reformado do Exército Aílton Gonçalves Moraes Barros;

- coronel Guilherme Marques Almeida;

- tenente-coronel Hélio Ferreira Lima;

- tenente-coronel Sérgio Ricardo Cavaliere de Medeiros

- ex-comandante-geral da Marinha almirante Almir Garnier Santos;

- general Mário Fernandes;

- ex-chefe do Comando de Operações Terrestres do Exército general Estevam Cals Theophilo Gaspar de Oliveira;

- general de Brigada reformado Laércio Vergílio;

- Paulo Renato de Oliveira Figueiredo Filho;

- ex-ministro da Justiça, Anderson Torres;

- presidente nacional do PL, Valdemar Costa Neto.

- o ex-assessor especial de Bolsonaro Felipe Martins

- coronel Bernardo Romão Correa Neto

- coronel da reserva Marcelo Costa Câmara

- major Rafael Martins de Oliveira.


As medidas judiciais estão sendo cumpridas nos seguintes estados: Amazonas, Rio de Janeiro, São Paulo, Minas Gerais, Mato Grosso do Sul, Ceará, Espírito Santo, Paraná e Goiás, além do Distrito Federal. O Exército Brasileiro acompanha o cumprimento de alguns mandados.


Com informações da Agência Brasil

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