'Lula pode falar comigo quando quiser', diz Trump após o tarifaço
- Da Redação
- há 23 horas
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O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou nesta sexta-feira (1º) que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) pode ligar para ele "quando quiser". Essa declaração ocorre após o governo dos Estados Unidos anunciar na última quarta-feira (30) um tarifaço de 50% sobre produtos brasileiros e uma série de sanções ao ministro do Supremo Tribunal Federal, Alexandre de Moraes, na esteira do julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro por tentativa de golpe de Estado..
"Ele pode falar comigo quando quiser", disse Trump, em resposta a uma pergunta da repórter Raquel Krähenbühl, da TV Globo, em Washington.
"As pessoas que estão comandando o Brasil fizeram a coisa errada", criticou Trump, sem especificar se a crítica é direcionada ao processo de Jair Bolsonaro, no Supremo, pela trama golpista. O julgamento no Supremo sobre a trama golpista foi o motivo apresentado na carta do presidente norte-americano ao governo brasileiro para as sanções contra a economia brasileira e contra o magistrado.
Após fazer sua crítica, o presidente norte-americano disse que "ama o povo do Brasil" e evitou antecipar alguma possibilidade de reduzir a alíquota, limitando-se a dizer: "Vamos ver o que acontece" nas próximas semanas.
Em entrevista ao The New York Times nesta semana, o presidente Lula reafirmou que o Brasil negociará como país soberano e destacou que os canais de diálogo seguem abertos com a Casa Branca. "Designei meu vice-presidente, meu ministro da Agricultura, meu ministro da Fazenda, para que cada um pudesse conversar com seu homólogo e entender qual seria a possibilidade de diálogo", disse.
Lula ainda relatou para o jornal norte-americano que o governo teve 10 reuniões sobre comércio com o Departamento de Comércio americano e que, em 16 de maio, enviou uma carta pedindo uma resposta. “A resposta que recebemos foi por meio do site do presidente Trump, anunciando as tarifas sobre o Brasil. Espero, portanto, que a civilidade retorne à relação Brasil-EUA. O tom da carta dele é definitivamente o de alguém que não quer conversar”, disse na ocasião.