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Lula promete recuperação econômica e fala em 'pacificar o país'


(Reprodução)

Em entrevista ao Jornal Nacional nesta quinta-feira (25), o ex-presidente e novamente candidato ao Planalto Luiz Inácio Lula da Silva (PT) reforçou seu compromisso no combate à corrupção, criticou o governo de Jair Bolsonaro (PL) e prometeu uma recuperação econômica inclusiva. Lula também aproveitou os 40 minutos de entrevista em horário nobre para denunciar a perseguição que sofreu da Lava Jato - "único objetivo era me condenar", afirmou - e ainda chamou Bolsonaro de "bobo da corte", que "sequer cuida do orçamento do Brasil" - segundo Lula, "quem cuida é o Lira" (Arthur Lira, presidente da Câmara dos Deputados).


Recuperação econômica

Ao ser questionado sobre como recuperar a economia brasileira, Lula afirmou que pretende garantir "credibilidade, previsibilidade e estabilidade" em sua política econômica para assegurar a recuperação da economia no país. O ex-presidente ressaltou o papel de Geraldo Alckmin (PSB) em sua chapa presidencial nessa dinâmica para dar uma "demonstração à sociedade brasileira de que a política não tem que ter ódio".


Lula também prometeu boas relações com o agronegócio e elogiou o papel do Movimento dos Sem Terra (MST) na produção de alimentos orgânicos.


Combate à corrupção

A entrevista também teve questionamentos sobre corrupção durante governos do PT. Os jornalistas afirmaram que, apesar de que Lula não deve mais nada à Justiça, houve casos de corrupção durante as gestões petistas e perguntaram ao candidato o que fará para combater esse tipo de crime em um eventual governo. Em resposta, Lula afirmou que os governos petistas garantiram condições de investigação e combate à corrupção.


"A corrupção só aparece quando você permite que ela seja investigada", disse Lula. "A Polícia Federal recebeu no meu governo mais liberdade do que em qualquer outro momento da história". "A Lava Jato ultrapassou o limite da investigação e entrou na política", afirmou.


Lula também afirmou que a Lava Jato causou prejuízos financeiros à economia brasileira. "No Brasil se quebrou a indústria de engenharia que levamos quase um século para construir", afirmou o ex-presidente, afirmando que as investigações de corrupção não teriam preservado empresas e empregos.


Em 2018, Lula foi impedido de lançar sua candidatura após ser condenado em segunda instância e preso no âmbito da operação Lava Jato. O ex-presidente foi solto em 2019, após decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) que mudou o entendimento sobre a prisão em segunda instância, alterando decisão anterior da corte que possibilitou a prisão do ex-presidente. Posteriormente, em 2021, os processos contra Lula foram anulados e o ex-juiz e ex-ministro de Bolsonaro Sergio Moro foi considerado parcial e suspeito nos processos da Lava Jato pelo STF.


Na mais recente pesquisa Datafolha, Lula lidera com 47%, seguido de Bolsonaro, com 32%, Ciro Gomes (PDT) tem 7%, e Simone Tebet (MDB), 2%.


Com a Sputnik

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