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Lula propõe 40 anos de prisão para quem atentar contra vida de autoridades


O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) anunciou nesta sexta-feira (21) um pacotão de projetos contra ataques antidemocráticos e a autoridades com previsão de pena em até 40 anos. As medidas, segundo o Palácio do Planalto, são uma resposta aos ataques de 8 de janeiro e as ofensas dirigidas ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), no aeroporto de Roma na última semana.


Segundo a proposta, suspeitos de atentarem a vida de autoridades podem pegar entre 20 e 40 anos de prisão. Já em casos em que a autoridade tem a integridade física e a liberdade atingidas, a pena será entre seis e 12 anos de prisão.


Além de ataques a autoridades, o projeto também aumenta as penas para ataques contra a democracia e seus financiadores. As condenações variam entre seis e 20 anos de prisão.


“Os atos antidemocráticos ocorridos em 8 de janeiro de 2023, que culminaram em gravíssimos danos contra os Poderes do Estado e ao patrimônio público, demonstraram que o tratamento penal aos crimes contra o Estado Democrático de Direito precisa ser mais severo a fim de que sejam assegurados o livre exercício dos Poderes e das instituições democráticas, o funcionamento regular dos serviços públicos essenciais e a própria soberania nacional”, aponta o governo.


“Por essa razão, com o Projeto de Lei, espera-se fortalecer tanto a finalidade retributiva da pena (repressão proporcional à gravidade do ilícito penal), quanto o caráter preventivo, reforçando seu poder intimidativo sobre os destinatários da norma, bem como reafirmando a existência e eficiência do direito penal brasileiro”, conclui.


O texto ainda pune servidores e políticos que forem flagrados em atos que atentam contra a democracia. Enquanto funcionários públicos poderão ser exonerados, políticos poderão perder seus cargos, além de responderem criminalmente.


Pessoas físicas também poderão perder a possibilidade de benefícios e incentivos tributários. Eles ainda não poderão ter contratos com o poder público ou acesso a subsídios da União.


Empresários que financiarem os atos antidemocráticos poderão perder o direito de sócio e até ter a liberação de subsídios suspensa pelo governo federal.


“Em caso do crime ser cometido por funcionário público, há a perda automática do cargo, função ou mandato eletivo. Também há proibição da pessoa física contratar com o Poder Público e de obter subsídios, subvenções, benefícios ou incentivos tributários”, ressalta o texto.


“Inclui também a possibilidade de suspensão de direitos de sócio e de administrador, enquanto perdurarem subsídios, subvenções ou benefícios e incentivos tributários nos casos em que o condenado participar de sociedade empresária por decisão judicial motivada”.


A proposta será enviada à Câmara dos Deputados em agosto, quando será retomado os trabalhos no Legislativo. O Palácio do Planalto deve pressionar os deputados a votarem o texto em regime de urgência.


Fonte: IG

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