Lula recorre de decisão que manteve seus bens bloqueados

A defesa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva decidiu recorrer da decisão que bloqueou os bens de Lula em processos referentes à Operação Lava Jato. De acordo com a ação protocolada pelos advogados de Lula, a 13ª Vara Federal de Curitiba não poderia manter os bloqueios em razão da decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) que determinou a incompetência da Justiça Federal do Paraná para julgar quatro processos contra ele.
No dia 8 de março, o ministro Edson Fachin, do STF, concedeu um habeas corpus à defesa do ex-presidente e declarou incompetência da Justiça Federal do Paraná e anulou duas condenações do ex-presidente, tornando Lula elegível novamente.
No dia 16 de março, o juiz federal Luiz Antonio Bonat, atendendo a determinação, envio as ações da Lava Jato ao Distrito Federal. Apesar da medida, Bonat manteve o bloqueio de bens de Lula nos processos relacionados ao triplex, sítio de Atibaia, doações ao Instituto Lula e sede do Instituto Lula.
Na decisão, o juiz escreveu que, caso essa não seja a interpretação feita pelo ministro Edson Fachin, o magistrado deveria informar para a Justiça Federal de Curitiba para que o desbloqueio dos bens fosse feito.
Na sexta-feira (19), o ministro Edson Fachin solicitou informações à 13ª Vara Federal de Curitiba e determinou que os autos sejam enviados à Procuradoria-Geral da República (PGR) para manifestação antes da decisão sobre a liminar interposta pela defesa de Lula.