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Mais mortes em casa indicam subnotificação de Covid


(Fotos Públicas)

Enquanto o governo Bolsonaro parece tentar esconder dados da pandemia para justificar a reabertura imediata da economia e estados e municípios dão início à retomada de atividades acenando para uma queda na ocupação de leitos, especialistas observam a ciência para mostrar que subnotificação de mortes por Covid-19 também pode escamotear a realidade de que o Brasil caminha para o pico da doença.

Pesquisadores da Universidade Federal do Rio de Janeiro |(UFRJ) chamam a atenção para uma estatística que pode revelar subnotificação. De acordo com o levantamento feito pelos cientistas, o número de óbitos domiciliares disparou em comparação com os mesmos meses de 2019. Em nota técnica, os pesquisadores alertaram para a possibilidade de que o crescimento do número de pessoas que morreram em casa no período possam estar relacionados com a diminuição do número de leitos ocupados - tanto o governador Wilson Witzel e o prefeito Marcelo Crivella, por exemplo, divulgaram informações neste sentido. Na nota, cobram qualificação desses dados, ressaltando a sua relevância para os planejamentos de reabertura da economia.

"Em todas as capitais acometidas pelo Covid-19 notamos esse aumento de óbitos domiciliares. Isso preocupa, porque pode estar mostrando uma subnotificação de óbitos, o que impacta na subnotificação de casos confirmados", afirmou o infectologista Rafael Galliez, da UFRJ, em entrevista ao jornal O Globo.

Dados do Portal da Transparência do Registro Civil, obtidos pelo Globo, mostram um total de 6.281 óbitos domiciliares entre 16 de março e 4 de junho no estado do Rio de Janeiro - 119 destas mortes tiveram diagnóstico de coronavírus.

Foram, portanto, 6.162 mortes motivadas por outras causas, o que representa um crescimento de 36% em comparação com o mesmo período de 2019 — quando foram registradas 4.508 mortes em casa. No estado de São Paulo, o total de óbitos domiciliares registrado no mesmo período saltou de 9.578, em 2019, para 10.891, neste ano — o que configura um crescimento de 13%.

O infectologista e professor de Medicina da USP, Marcos Boulos, de acordo com a reportagem, alertou para as situações em que o paciente não procura o hospital quando deveria. "A possibilidade é que, com a demanda excessiva, os serviços tentam afastar novos casos leves e exageram no tom. Adoecer em casa é natural, e as pessoas devem ficar em casa se a doença não for intensa. Mas se tiver falta de ar, tem que ir", explicou.

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