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Marina Silva volta a ser insultada por bolsonaristas em audiência na Câmara


(Foto: Vinicius Loures/Câmara dos Deputados)
(Foto: Vinicius Loures/Câmara dos Deputados)

A ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva, sofreu novos insultos de parlamentares bolsonaristas durante audiência pública na Comissão de Agricultura, Pecuária, Abastecimento e Desenvolvimento Rural da Câmara dos Deputados, nesta quarta-feira (2). Ela havia sido convocada para prestar esclarecimentos sobre temas ambientais. Em maio, Marina Silva já havia sido atacada por senadores, em uma audiência promovida Comissão de Serviços de Infraestrutura do Senado.


“Isso não foi a primeira vez que aconteceu nessa comissão e eu não sou a única. O ministro [da Fazenda] Fernando Haddad já foi desrespeitado, a ministra [dos Povos Indígenas] Soninha Guajajara, a ministra [ex-ministra da Saúde] Nísia Trindade. Todos nós que não defendemos a agenda autoritária, negacionista, que não reconhece a mudança do clima somos desrespeitados”, disse Marina em conversa com jornalistas após a audiência.


Durante a inquirição, o deputado Evair de Melo (PP-ES), da bancada ruralista e autor do requerimento de convocação, chegou a comparar a ministra com grupos armados, como as Farc da Colômbia e o Hamas, na Faixa de Gaza. E voltou a associar a ministra com o câncer, repetindo declaração feita anteriormente.


"Um dia, eu fiz uma citação aqui comparando com um câncer. E eu pedi desculpas depois, porque o câncer muitas vezes tem cura. E esse viés ideológico construído nesse movimento conspiratório tem se mostrado aplicado nesse momento", atacou o deputado.


Aliado ao clã dos Bolsonaros, o deputado Evair de Melo é o mesmo que no mês passado enviou um ofício à Presidência da Câmara para pedir autorização para que o deputado licenciado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) exerça seu mandato dos Estados Unidos, onde está morando desde fevereiro. Em maio, o filho zero três de Jair Bolsonaro (PL) passou a ser investigado em inquérito instaurado no Supremo Tribunal Federal (STF), por sua atuação nos EUA contra autoridades brasileiras.

Em outro momento da audiência, durante uma fala mais inflamada da ministra em defesa das ações do governo, o deputado Cabo Gilberto (PL-PB) pediu calma à ministra, uma postura que ela rebateu como machista, já que a ênfase verbal do discurso de homens normalmente não é criticada.


Em maio, Marina Silva passou por uma situação parecida e acabou deixando uma audiência na Comissão de Serviços de Infraestrutura do Senado após ser atacada pelo senador Plínio Valério (PSDB-AM). Na ocasião, o tucano pediu a palavra para fazer uma pergunta, mas acabou afirmando que, como ministra, ela não merecia respeito.


Dessa vez, a audiência durou até o fim, ultrapassando 5h30 de duração. Ao rebater a fala de Evair Melo, a ministra voltou a citar posturas autoritárias.


"Eu sabia que depois do que aconteceu na Câmara Alta desse país, aqueles que gostam de abrir a porteira para o negacionismo, para a destruição do meio ambiente, pro machismo, pro machismo [para de falar após ser interrompida]", afirmou. "As pessoas iriam achar muito normal fazer o que está acontecendo aqui, num nível piorado. Acho que Deus me ouviu e estou em paz", continuou a ministra, após intervenção do presidente da comissão Rodolfo Nogueira (PL-MS).


"É preferível sofrer a injustiça do que praticar uma injustiça. E eu prefiro sofrer uma injustiça do que praticá-la. Se você pratica a injustiça, pode ter certeza que a reparação um dia virá. Isso me conforta", completou Marina.


Em sua apresentação durante a audiência, Marina Silva destacou a queda do desmatamento no Brasil, que foi reduzido em 46% na Amazônia e 32% no país inteiro. Ela também citou números positivos do agronegócio, que cresceu 15% e a renda per capita cresceu em torno de 11%.


Com a Agência Brasil

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