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Mauro Cid tentou vender Rolex que Bolsonaro recebeu dos árabes


(Foto: Geraldo Magela/Agência Senado)

A Comissão Parlamentar de Inquérito Mista (CPMI) que investiga os atos golpistas de 8 de janeiro divulgou nesta sexta-feira (4) e-mails do ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro (PL), tenente-coronel Mauro Cid, que está preso desde maio, nos quais ele tenta vender um relógio Rolex recebido por Bolsonaro do governo da Arábia Saudita. As informações são do Globo.


Um dos principais assessores de Bolsonaro quando este ainda estava no poder, Cid tentou negociar o relógio de luxo por US$ 60 mil, algo em torno de R$ 300 mil. Ele trocou mensagens, em inglês, com uma mulher. Os e-mails não mostram com quem o ex-ajudante estava negociando.


“Olá Mauro, obrigada pelo interesse em vender o seu Rolex. Tentei falar com você por telefone mas não consegui. Pode por favor me falar se você tem o certificado de garantia original do relógio? Quanto você espera receber por ele? O mercado de rolex usados está em baixa, especialmente para os relógios cravejados de platina e diamante, já que o valor é tão alto. Eu só quero ter certeza que estamos na mesma linha antes de fazermos tanta pesquisa", escreveu a interlocutora, segundo a tradução..


Em resposta, Mauro Cid disse que não tinha o certificado da joia, pois “foi um presente recebido durante uma viagem oficial".


"Olá ..., Nós não temos o certificado do relógio, já que foi um presente recebido em viagem oficial de negócios. O que temos é o selo verde de certificado superlativo, que acompanha o relógio. Além disso, posso certificar que o relógio nunca foi usado. Pretendo receber por volta de US$ 60.000 pela peça. Agradeço o retorno rápido. Mauro Cid."


A CPI do Golpe, como também é conhecida, obteve as mensagens ao solicitar da Presidência da República os e-mails enviados e recebidos por funcionários da Ajudância de Ordens na gestão de Bolsonaro. A comissão mista está avaliando o caso, para decidir sobre o próximo passo da investigação.


O Rolex é apenas uma das partes dos kits de joias dados pelo governo da Arábia Saudita ao governo brasileiro, os quais Bolsonaro tentou se apropriar como sendo presente pessoal. Após o escândalo, que resultou em um inquérito instaurado pela Polícia Federal, o ex-presidente foi obrigado a devolver as joias ao patrimônio da União.

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