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Mercenários Digitais: o negócio por trás da mentira na política

Atualizado: 21 de ago. de 2023

O documentário "Mercenários Digitais: o negócio por trás da mentira política" revela os bastidores e descobertas da investigação que busca rastrear o negócio da desinformação na América Latina e detalhou, por exemplo, a presença do deputado Eduardo Bolsonaro com a ultra-direita no continente e sua proximidade com Fernando Cerimedo, consultor argentino, envolvido na divulgação de notícias falsas em campanhas de extrema direita.

Divulgação

O projeto é uma parceria a Agência Pública, UOL e outros 19 meios de comunicação latino-americanos, quatro organizações especializadas em investigação digital e alunos de um curso de mestrado na Columbia University, sob a liderança do Centro Latinoamericano de Investigação Jornalística (Clip).


Fraudes eleitorais, urnas vulneráveis e ameaça comunista estão no cerne das mentiras disseminadas pelas campanhas de desinformação internacionais, com a ajuda de robôs, aplicativos e outros meios, sempre com o objetivo de derrubar governos eleitos, interferir no processo de votação ou invalidar eleições. Ao mesmo tempo, as notícias falsas se transformaram também em negócio lucrativo.


Política na era digital


Há mais de cem anos, desde a existência dos meios de comunicação de massa, que existem especialistas em comunicação política. São empresas e consultores que assessoram candidatos para ajudá-los a apresentar suas ideias de forma eficaz, parecerem mais atraentes e carismáticos, pronunciar slogans cativantes, interpretar os sentimentos dos cidadãos e se conectar com eles para conquistar seus votos. Eles também forneceram estratégias de informação para governos lidarem com crises ou vencerem guerras.


A era digital potencializou esses consultores e muitos deles – devido à falta de regulamentação por parte dos estados para controlar esses novos poderes e proteger os cidadãos do abuso digital – ampliaram os limites éticos da profissão. Agora, eles podem comprar ou obter, através de aplicativos ou de supostos serviços públicos, os dados privados de qualquer cidadão sem que este saiba, e usá-los para criar mensagens personalizadas que toquem sua alma. Apelam para o medo, instigando-os a compartilhar entre amigos e familiares mensagens de alerta sobre supostos perigos.


Podem criar milhões de perfis falsos em redes sociais para dar a impressão de maior apoio (trolls) e, assim, controlar a agenda dos meios de comunicação tradicionais. Criam centenas de mídias digitais simultaneamente que agem em uníssono para elogiar o cliente e atacar o inimigo.


Com essas táticas, ressuscitam uma arma da política medieval, a cizânia, porque sabem que os algoritmos das mega plataformas Meta/Facebook e Twitter/X recompensam os conteúdos que geram as reações maiores e mais inflamadas. O medo e o ódio estão presentes entre os cidadãos, como gasolina derramada na rua, e os “estrategistas” da comunicação apenas acendem o pavio. 


Assista:

O projeto


Uma aliança transnacional entre jornais, organizações e estudantes universitários da Argentina, Bolívia, Brasil, Chile, Colômbia, Costa Rica, Espanha, Estados Unidos, Guatemala, Honduras, México, Nicarágua, Paraguai, Peru, Uruguai e Venezuela, com a coordenação do Centro Latinoamericano de Pesquisa Jornalística (CLIP), investigou este novo mundo dos Mercenários Digitais. Desvendamos o truques com os quais tentam manipular milhões de cidadãos para apoiarem politicamente seus clientes, sejam candidatos, partidos ou governos.


Mercenários digitais é uma investigação de Chequeado (Argentina), UOL e Agência Pública (Brasil), LaBot (Chile), Colombiacheck y Cuestión Pública (Colômbia), CRHoy, Interferencia y Lado B (Costa Rica), GK (Equador), Factchequeado (EEUU), Ocote (Guatemala), Contracorriente (Honduras), Animal Político y Mexicanos Contra la Corrupción y la Impunidad (México), Confidencial y República 18 (Nicarágua), Ojo Público (Peru), El Surti (Paraguai), La Diaria (Uruguai) e três jornalistas investigativas (Bolívia e Espanha/Colômbia); as organizações de investigação digital Cazadores de Fake News (Venezuela), Fundación Karisma (Colômbia), Interpreta Lab (Chile), Lab Ciudadano (Honduras) e DRFLab (EUA); e estudantes do curso de mestrado Using Data to Investigate Across Borders da professora Giannina Segnini (Universidade de Columbia, EUA), sob a coordenação do Centro Latinoamericano de Investigación Periodística, CLIP. 


Ficha Técnica:


Revisão e assessoria legal para o CLIP: El Veinte.

Para esse especial, o CLIP recebeu apoio financeiro de Free Press Unlimited, do programa Redes contra o silêncio (ASDI), Seattle International Foundation e da Rockefeller Brothers Foundation.

Coordenação pela Agência Pública: Alice Maciel e Natalia Viana

Edição: Natalia Viana

Reportagem: Alice Maciel, Laura Scofield, Juliana Dal Piva, Mayara Teixeira, Annika Grosser, Naomi Matsui e Gabriela Varella

Apoio: Fund for Investigative Journalism


*Com informações da Agência Pública e do UOL



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