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Milei recusa convite do BRICS e isola Argentina no mundo


(Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil)

O Governo da Argentina informou, nesta sexta-feira (29), que enviou carta aos países integrantes do BRICS para manifestar que “não considera oportuno” participar do grupo de nações emergentes. O BRICS é formado por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul. O documento foi assinado pelo presidente Javier Milei, que assumiu a Casa Rosada em 10 de dezembro.


A decisão do presidente Javier Milei é considerada ideológica, para alguns analistas sul-americanos, no sentido de "jogar para a plateia da extrema-direita argentina" e justificar seu discurso anticomunista - como Jair Bolsonaro fazia no Brasil -, com objetivo de reforçar superpoderes que tenta retirar do Congresso argentino. A consequência, porém, afirmam, deve ser um isolamento ainda maior da Argentina no cenário internacional, visto que perde uma oportunidade de integração com bloco importante, que hoje representa 40% da população mundial e mais de um quarto do Produto Interno Bruto (PIB) global. Esses números devem aumentar ainda mais com a chegada dos novos membros do BRICS em 2024.


Para o jornalista Jamil Chade, especialista em política internacional, do UOL, a decisão de Milei de renunciar ao convite BRICS ainda "prejudica a tentativa do governo brasileiro de estabelecer um equilíbrio geopolítico de longo prazo dentro do bloco dos países emergentes". "Sem Buenos Aires, o BRICS contará agora com a maioria de seus membros vindos do continente asiático ou dependentes do comércio com a China", analisou Chade.


A adesão da Argentina ao BRICS tinha sido acordada durante encontro de cúpula do bloco em agosto, em Johanesburgo, África do Sul. À época, o país vizinho era presidido por Alberto Fernández. Caso não houvesse a desistência de Milei, a Argentina passaria a fazer parte do BRICS a partir de 1º de janeiro de 2024.


Além do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, a carta de Milei foi enviada para os presidentes Cyril Ramaphosa, da África do Sul; Xi Jinping, da China; Vladimir Putin, da Rússia; e para o primeiro-ministro indiano, Narendra Modi.


Visão política

Ao justificar a recusa de entrar no grupo, Milei afirma que “muitos eixos da política exterior atual diferem da administração anterior”.


No entanto, a carta enviada ao Brasil, maior parceiro comercial dos argentinos, reitera o “compromisso do governo nacional com a intensificação dos laços bilaterais, em particular com o aumento dos fluxos de comércio e de investimento”.


No encontro de Johanesburgo, Egito, Etiópia, Arábia Saudita, Irã e Emirados Árabes Unidos também foram aceitos para ingressar no BRICS a partir de 2024.


Na ocasião, o então presidente Fernández afirmou que a Argentina se propunha fazer parte do BRICS porque o difícil contexto internacional conferia ao bloco uma relevância singular e o constituía como uma importante referência geopolítica e financeira.


Sem surpresa

A formalização de Milei não é uma surpresa. Em 30 de novembro, dez dias antes de o presidente eleito tomar posse, a então futura ministra das Relações Exteriores, Diana Mondino, publicou no X (antigo Twitter) “Não nos juntaremos ao BRICS”.


Números

Fundado em 2006, o BRICS tem uma população de cerca de 3,2 bilhões de pessoas. Em conjunto, os países do Brics têm um Produto Interno Bruto (PIB – conjunto de bens e serviços produzidos) de US$ 24,7 trilhões.


Segundo estimativas do Banco Mundial, o PIB da China chegou a US$ 17,7 trilhões em 2022, o segundo maior do mundo. A Índia ficou em sexto, com US$ 3,17 trilhões, seguida pela Rússia em 11º (US$ 1,7 trilhão), pelo Brasil em 12º (US$ 1,6 trilhão) e pela África do Sul em 32º (US$ 419 bilhões).


Com a Agência Brasil e informações da Telam, agência nacional de notícias da Argentina

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