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Militares compraram 11 milhões de Viagra com Bolsonaro


Não foram 35 mil comprimidos como havia sido apurado antes, as Forças Armadas compraram 11,2 milhões de comprimidos de Viagra durante o governo do presidente Jair Bolsonaro (PL). Os números ainda mais impressionantes levaram o deputado federal Elias Vaz (PSB-GO), que havia feito o primeiro levantamento, a pedir a convocação do ministro da Defesa, general Paulo Sérgio Nogueira de Oliveira, para explicar, na Comissão de Fiscalização Financeira e Controle da Câmara dos Deputados, a compra massiva da medicação para disfunção erétil.

De acordo com o deputado, foram identificados dez empenhos do governo federal para a compra de 11,2 milhões de comprimidos de Viagra, de 20, 25 e 50 miligramas no período de 2019 a 2022. O valor pode chegar a R$ 33,5 milhões.

O parlamentar descobriu também um contrato da Marinha com a farmacêutica EMS para a fabricação do Citrato de Sildenafila (genérico do Viagra) em seus laboratórios.

“Tal fato nos causa estranheza, pois há inúmeros medicamentos essenciais, alguns imprescindíveis a manutenção da vida de nossos cidadãos, faltando nas unidades de saúde. Diante disso, a estrutura das Forças Armadas poderia estar sendo usada na fabricação desses medicamentos”, disse o deputado no requerimento apresentado à comissão da Casa.

"A opção por investir recursos do erário na fabricação do Viagra e não em medicamentos essenciais como, por exemplo, antibióticos, analgésicos, sedativos, vermífugos, corticosteróides, vasodilatadores, broncodilatadores etc, que atuam no tratamento de doenças comuns do dia a dia, fere o interesse público. A população padece pela falta de produtos básicos todos os dias. Portanto, o fato de as Forças Armadas se tornarem fabricantes de Viagra, é um disparate", escreveu ainda o parlamentar.

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