Militares dão golpe de Estado e tomam o poder na Guiné

Militares liderados pelo tenente-coronel Mamady Doumbouya, líder do Grupo de Forças Especiais (GFS) da Guiné, realizaram um golpe de Estado no país da África Ocidental neste domingo (5), na cidade de Conacri, a capital.
Em declarações transmitidas pela televisão local, Doumbouya anunciou que o presidente Alpha Condé foi preso.
Anunciou também a dissolução das instituições do Estado, a suspensão da Constituição e o encerramento das fronteiras.
O Guinee News publicou uma foto em que Condé é mostrado sentado e cercado por homens armados com fuzis de assalto. Dumbuya anunciou que serão tomadas medidas extraordinárias na atual situação.
"Decidimos dissolver o governo", disse Dumbuya em uma mensagem de vídeo publicada pelo Africa Guinee no Facebook. Ele também declarou a dissolução do governo, abolição da Constituição e o fecho das fronteiras.
As autoridades guineanas confirmaram ainda que os rebeldes atacaram a residência presidencial, mas que os guardas repeliram o ataque.
"Os rebeldes [...] foram ao centro da cidade, em direção à periferia do palácio presidencial. Os guardas do presidente, apoiados pelas forças de defesa e segurança, contiveram a ameaça e repeliram [o ataque do] grupo de atacantes", disse o Ministério da Defesa da Guiné em uma declaração publicada no Facebook.
As autoridades também exortaram a população a manter a ordem em meio à escalada das tensões.
Antes, o Guinee News escreveu que militares bloquearam as estradas a 50 quilômetros da capital da Guiné. A revista Jeune Afrique relatou previamente que um grupo de forças especiais lutou com os guardas de Alpha Condé.
Com Telesur e Sputnik