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Militares dão golpe de Estado no Gabão e prendem presidente reeleito


(Reprodução)

Após o anúncio dos resultados das eleições presidenciais realizadas no final de semana, um grupo de militares, nesta quarta-feira (30), entrou no edifício da televisão nacional e declarou que tinha assumido o poder.


O chefe da Guarda Republicana, general Brice Oligui Nguema, disse ao jornal Le Monde que o presidente gabonês Ali Bongo Ondimba renunciaria, mas manteria todos os seus direitos civis.


O presidente Ali Bongo Ondimba tinha sido reeleito para um terceiro mandato com 64,27% dos votos.


Depois de os militares terem anunciado que tinham posto “fim ao atual regime”, o general Brice Oligui Nguema, chefe da Guarda Republicana do presidente deposto, foi nomeado chefe da comissão e “assumiu a responsabilidade pela gestão do país”.


Entretanto, os uniformizados relataram que o presidente Ali Bongo Ondimba está em prisão domiciliar e que o seu filho Noureddin Bongo Valentin foi preso. Além disso, o diretor do gabinete, Ian Ghislain Ngoulou; o vice-diretor do Gabinete, Mohamed Ali Saliou; e a conselheira presidencial Jessye Ella Ekogha, entre outros, foram presas.


Por sua vez, Bongo apelou aos “amigos” de todo o mundo para levantarem a voz numa mensagem de vídeo transmitida nas redes sociais e confirmou que está atualmente em casa.


Impacto econômico

Como membro da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP), o Gabão é um dos principais produtores de África, com uma média de quase 200.000 barris por dia, escreve o Financial Times. O país também exporta madeira, manganês e urânio.


As empresas internacionais presentes no país incluem a francesa TotalEnergies e a anglo-francesa Perenco. Ao mesmo tempo, a mineradora francesa Eramet, proprietária da unidade de mineração de manganês Comilog no Gabão, disse que interrompeu todas as suas operações no país, informou a Reuters, citando um porta-voz da empresa.


Depois de tomar conhecimento dos acontecimentos no país, as ações das empresas Maurel & Prom, Eramet e TotalEnergies caíram entre 15% e 20%, noticia a imprensa francesa.

Reação internacional

Neste contexto, a Primeira-Ministra de França, Élisabeth Borne, afirmou que presta “a máxima atenção” aos acontecimentos no Gabão. Por sua vez, o porta-voz do governo francês, Olivier Véran, sublinhou que “a França condena o golpe militar em curso no Gabão”.


Segundo o Alto Representante da União Europeia para os Negócios Estrangeiros e a Política de Segurança, Josep Borrell, a situação no Gabão é “um grande problema para a Europa”. “Certamente, os ministros têm de pensar profundamente sobre o que está a acontecer lá e como podemos melhorar a nossa política em relação a estes países”, sublinhou.


No mesmo dia, a chefe da Comissão de Defesa do Parlamento Europeu, Nathalie Loiseau, disse que os golpes militares são contrários aos interesses da UE em África, pelo que o bloco deve apoiar aqueles que partilham os valores europeus.


"Temos visto uma sucessão de golpes militares que ameaçam as democracias, que ameaçam chefes de estado e de governo eleitos. Isto vai contra os nossos interesses ou princípios, contra aquilo que defendemos ou valorizamos. Portanto, temos de melhorar a nossa liderança, temos de melhorar nossa unidade, apoiar pessoas que compartilham os mesmos valores que nós", afirmou.


Por sua vez, Pequim apela às partes envolvidas no Gabão para que resolvam as suas diferenças através do diálogo, restaurem a ordem normal o mais rapidamente possível e garantam a segurança pessoal do presidente, disse o porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros chinês, Wang Wenbin.


Entretanto, as autoridades russas estão profundamente preocupadas com a situação no país e acompanham de perto os desenvolvimentos, disse o porta-voz do Kremlin, Dmitri Peskov.


Com informações da Agência RT e Sputnik Brasil

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