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Ministério da Agricultura confirma caso de 'mal da vaca louca'


(Foto: Wenderson Araújo/CNA)

O Ministério da Agricultura confirmou na quarta-feira (22) o diagnóstico da doença conhecida como “"mal da vaca louca" no caso que estava sob investigação no Pará.


O resultado dos exames laboratoriais foi comunicado imediatamente pelo ministro Carlos Fávaro ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).


A pasta tem adotado providências para tranquilizar a população e evitar danos à exportação de carne brasileira. As primeiras informações sobre o caso suspeito foram divulgadas na segunda-feira (20) pelo Ministério.


Já se sabe que o animal doente não era criado em regime de confinamento, foi abatido e a fazenda está isolada.


Diante da expectativa em torno do caso, as ações em Bolsa de Valores das principais empresas exportadoras de carne bovina fecharam em queda: os papéis da JBS (4,33%) e da Minerva (7,92%).


As últimas ocorrências de doença da vaca louca foram registrados no Brasil em 2021, em frigoríficos de Belo Horizonte (MG) e de Nova Canaã do Norte (MT).


Exportações à China são suspensas

As exportações de carne bovina à China estão suspensas. Em nota, o Ministério da Agricultura explicou que a suspensão segue o protocolo sanitário entre os dois países e descartou a existência de risco para o consumidor.


“O diálogo com as autoridades está sendo intensificado para demonstrar todas as informações e o pronto restabelecimento do comércio da carne brasileira”, informou o ministério em nota oficial.


O ministério também forneceu mais detalhes sobre o caso. Segundo a pasta, a doença atingiu um animal macho de nove anos, idade considerada avançada para bovinos, numa pequena propriedade em Marabá (PA). O animal era criado em pasto, sem ração, e teve a carcaça incinerada na fazenda, que foi interditada pelo governo do Pará em caráter preventivo.


Segundo o Ministério da Agricultura, o caso foi comunicado à Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA). As amostras foram enviadas para o laboratório referência da instituição em Alberta, no Canadá. Após análise o laboratório poderá confirmar se o caso é atípico, ou seja, sem risco de transmissão para outros bovinos e para humanos.


“Todas as providências estão sendo adotadas imediatamente em cada etapa da investigação e o assunto está sendo tratado com total transparência para garantir aos consumidores brasileiros e mundiais a qualidade reconhecida da nossa carne”, ressaltou o ministro Carlos Fávaro, em nota.


O Brasil é considerado território de risco insignificante para a ocorrência do mal da vaca louca, segundo classificação da OMSA.


Nas últimas décadas, houve registros apenas de casos isolados da doença, que foram devidamente controlados e eliminados.


Com a Agência Sputnik

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