Ministras tomam posse na Academia Brasileira de Cultura
As ministras da Cultura e dos Povos Indígenas são as mais novas integrantes da Academia Brasileira de Cultura. Margareth Menezes e Sonia Guajajara tomam posse na próxima terça-feira, dia 14 de novembro, às 19h, em cerimônia realizada na Fundação Cesgranrio, no Rio de Janeiro. A cerimônia será presidida por Carlos Alberto Serpa e organizada por Leandro Bellini, secretário de Cultura da Fundação Cesgranrio.
Margareth Menezes assumirá a cadeira que tem o nome de Emilinha Borba, e que foi ocupada por Elza Soares no ano passado, antes de sua morte. Sonia Guajajara, primeira deputada federal indígena eleita pelo Estado de São Paulo, ocupará uma cadeira criada especialmente para ela, conforme informou Leandro Bellini, acadêmico e curador da cerimônia de posse. Sonia assumirá a cadeira que tem como patrono Paulo Paulino Guajajara, assassinado na terra indígena de Arariboia, no Maranhão, em 2019, crime que comoveu a imprensa internacional.
Presidida pelo educador Carlos Alberto Serpa (que também é o presidente da Fundação Cesgranrio e da Academia Brasileira de Educação), a Academia Brasileira de Cultura foi instalada em dezembro de 2021 e tem como atuais integrantes Zeca Pagodinho, Cristiane Torloni, Gabriel Chalita, Arnaldo Niskier, Dalal Achar, Ney Latorraca, Fátima Bernardes e Marcelo Calero, entre outros.
Além de Sonia Guajajara, a Academia terá ainda a Cacique Juma Xipaia - Secretária de Articulação e Promoção de Direitos Indígenas- , na cadeira que tem como patrono Marçal de Souza Tupã-Y, outro grande defensor da causa, que discursou em nome dos indígenas quando o Papa João Paulo II veio ao Brasil, durante a ditadura militar, em 1980, e foi morto em 1983, após se envolver na luta pela posse de terras, em Bela Vista. Juma tem um importante Instituto de preservação ambiental apoiado por Leonardo DiCaprio, entre outros.
As cadeiras que têm como patrona Ângela Maria e, como patrono, Machado de Assis, vão receber, respectivamente, a cantora Alcione e a escritora Conceição Evaristo. A atriz Gloria Pires ocupará a vaga na cadeira que tem como patrono o seu próprio pai, o ator e humorista Antonio Carlos Pires.
De acordo com Leandro Bellini, foi criada uma cadeira em homenagem à cantora Elza Soares e quem assumirá será a cantora trans Lininker, primeira artista transgênero a conquistar um Grammy.
"Isso reflete que a Academia está aberta às transformações sociais ", ressaltou.
Também estão na lista dos novos acadêmicos a atriz Vanessa Giácomo ( na cadeira com o nome de Chico Anísio), o gestor cultural Antenor Neto (na cadeira com Pixinguinha, como patrono), e a apresentadora Luana Xavier (na cadeira com o nome de sua avó, Chica Xavier). O diretor teatral José Luiz Ribeiro assumirá a cadeira que tem Murilo Mendes como patrono.
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