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Ministro do "laranjal do PSL" é demitido por Bolsonaro


Ministro do Turismo, Marcelo Álvaro Antônio, foi demitido por criticar outro ministro (Foto: Agência Senado)

Depois de passar incólume durante quase dois anos pelas denúncias de comandar um esquema de "candidaturas laranjas do PSL", o ministro do Turismo, Marcelo Álvaro Antônio, foi demitido nesta quarta-feira (9) pelo presidente Jair Bolsonaro. Não pelo "laranjal do PSL", partido pelo qual Bolsonaro foi eleito presidente da República, mas, segundo informação da Veja, por ter criticado o chefe da Secretaria de Governo, Luiz Eduardo Ramos, no grupo de Whatsapp do Planalto.

Antes mesmo de o presidente anunciar um novo nome para o ministério, o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-S), já afirmou em rede social que o atual presidente do Instituto Brasileiro de Turismo (Embratur), Gilson Machado, será o novo ministro do Turismo. O filho 03 do presidente chegou a desejar boa sorte a Gilson e disse que ele já "vinha fazendo um bom trabalho".

A relação entre Bolsonaro e Álvaro Antônio só teve fim após o então ministro do Turismo usar um grupo de WhatsApp que reúne todos os ministros do governo federal para atacar o chefe da Secretaria de Governo, responsável pela articulação política do Planalto.

Álvaro Antônio é investigado pela Polícia Federal desde fevereiro do ano passado por suspeita de comandar o esquema das "candidaturas laranjas". Os casos envolvem candidaturas femininas que teriam sido utilizadas pelo partido para desviar milhões dos recursos dos fundos eleitoral e partidário nas eleições que levaram Jair Bolsonaro ao Palácio do Planalto.

Também já faz mais de um ano que o então ministro foi denunciado pelo Ministério Público, mas até hoje a Justiça não decidiu se o transforma em réu. O caso está no Supremo Tribunal Federal, sob a alçada do ministro Gilmar Mendes, que analisa pedido da defesa sobre foro privilegiado. Marcelo Álvaro Antônio é deputado federal (PSL-MG).

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