Moraes decreta prisão preventiva de ex-assessor de Bolsonaro
- Da Redação
- há 3 dias
- 2 min de leitura

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou nesta quarta-feira (18) a prisão preventiva de Marcelo Câmara, ex-assessor de Jair Bolsonaro (PL) e um dos réus da trama golpista que visava manter o ex-presidente no poder mesmo após as eleições de 2022.
Segundo Moraes, o réu descumpriu uma medida cautelar que o proibia de usar redes sociais, mesmo com a intermediação de advogados. Nessa terça-feira (17), o advogado de Câmara, Eduardo Kuntz, informou ao Supremo que foi procurado pelo ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, tenente-coronel Mauro Cid, por meio das redes sociais e que eles interagiram.
"As condutas noticiadas indicam que o réu e seu procurador tentaram obter os dados sigilosos relativos ao acordo de colaboração premiada, por meio de conversas realizadas pelo Instagram e por meio de contatos pessoais na Sociedade Hípica de Brasília, no período em que o réu Marcelo Costa Camara estava preso [primeira prisão]", afirmou Moraes.
Na decisão, Moraes disse que o defensor "transbordou ilicitamente das obrigações legais de advogado" e considerou "gravíssima" a possível tentativa de obstrução da investigação da trama golpista.
O ministro também determinou a abertura de um inquérito para investigar o advogado e o réu.
O ex-assessor de Bolsonaro já esteve preso, mas foi liberado por Moraes no mês passado. Ele foi preso em 8 de fevereiro deste ano, também por ordem de Moraes, no contexto da operação Tempus Veritatis (Hora da Verdade), da Polícia Federal, que levou à prisão preventiva de oficiais militares e assessores de Bolsonaro, incluindo quatro ex-ministros.
A prisão de Marcelo Câmara ocorre após o advogado dele trocar mensagens com Mauro Cid e pedir ao STF a anulação da delação do ex-ajudante de ordens sobre a trama golpista.
コメント