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Moraes ordena prisão de ex-ministro de Bolsonaro


(Foto: Isaac Amorim/Ministério da Justiça)

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal STF), ordenou nesta tarde desta terça-feira (10) a prisão do ex-ministro da Justiça de Jair Bolsonaro (PL) Anderson Torres, que era o secretário de Segurança Pública do Distrito Federal até o domingo dos atos golpistas em Brasília.


A decisão atende um pedido do advogado-geral da União, Jorge Messias, para decretar a prisão em flagrante de Torres e demais agentes públicos que tiveram participação ou se omitiram para facilitar a invasão das sedes dos Três Poderes. O despacho de Moraes cita violação do Estado Democrático de Direito como base para decretar a prisão.


Torres assumiu a chefia da Secretaria de Segurança Pública do DF no dia 2 de janeiro e viajou de férias para os EUA cinco dias depois. Ele não estava em Brasília quando bolsonaristas vandalizaram os prédios do STF, Congresso Nacional e Palácio do Planalto. Ainda no domingo, foi exonerado pelo governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha (MDB) - que também acabou afastado do cargo por Moraes.


Munidos de um mandado de busca e apreensão expedido por Moraes, agentes da Polícia Federal foram na residência do ex-ministro de Bolsonaro na tarde desta terça. A casa dele fica no condomínio Ville de Montagne, no bairro Jardim Botânico, em Brasília, segundo divulgou o portal Metrópoles.


Prisão do ex-comandante-geral da PM

Mais cedo, Moraes determinou a prisão do ex-comandante-geral da Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF), Fábio Augusto Vieira.


O coronel era responsável pela operação durante a invasão dos prédios dos três Poderes. Na segunda-feira, ele foi substituído no cargo pelo interventor federal, Ricardo Cappelli, nomeado pelo presidente Lula para comandar a segurança pública do Distrito Federal até 31 de janeiro.


A atuação da PM, diante do vandalismo dos prédios federais, vem sendo alvo de duras críticas. Vídeos publicados nas redes sociais mostram uma atuação omissa contra os ataques promovidos por bolsonaristas golpistas.

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